Lassana Diarra teve que formalmente negar que não é um muçulmano que apoia a guerra na Síria e estaria a favor do grupo Al-Qaeda. Isso porque, há pouco mais de uma semana, um vídeo foi postado no site fisyria.com no qual um rapaz faz um apelo para que jovens ocidentais abracem a luta no país que já está há quatro anos sob guerra.

“Ele nunca sequer colocou um pé na Síria. É um absurdo. Ele não é um jihadista, é um jogador do Lokomotiv de Moscou”, disse Eric Dupond-Moretti, advogado do francês, ao jornal inglês Daily Mail.

Na descrição do vídeo, é dito que o homem que aparece na gravação é um ex-jogador do time comandado por Arsène Wenger: “Ele jogou pelo Arsenal e deixou futebol, dinheiro e estilo de vida europeu a fim de fazer o caminho de Alá. Morou em Londres, onde percebeu que esta vida não é para ele. Deixando tudo o que tinha, foi para a jihad há dois anos e agora dá o seu conselho àqueles irmãos e irmãs que ainda não se decidiram”.

Assim, os boatos na internet começaram a surgir, já que Diarra passou pelo time londrino. O que pesa contra a afirmação é que a passagem pelo Arsenal foi a mais curta de sua carreira. Logo após sair do Chelsea, onde esteve por quase três temporadas, jogou apenas alguns meses no lado vermelho de Londres, e depois rumou para o Portsmouth, onde ficou até o final da temporada seguinte. Depois, ficou cinco anos no Real Madrid, até ser contratado pelos russos do Anzhi Makhachkala, da Rússia.

O próprio Lass, como gosta de ser chamado, usou o Twitter para brincar com a situação.

“Na Síria??? (rindo muito) Boa piada, rapazes. Tenham uma boa tarde no Twitter!!!”, escreveu o atleta de 29 anos.

Lass Diarra nasceu em Paris e tem raízes em Mali, e já defendeu a seleção francesa. Ainda segundo o Daily Mail, centenas de jovens franceses muçulmanos têm viajado para a Síria com o intuito de guerrear, geralmente levados pela Al-Qaeda.

O homem do vídeo, identificado pelo próprio site pró-guerra como Abu Isa al-Andalus esconde o rosto, ostenta um fuzil AK-47 e pede que muçulmanos do Ocidente viajem para o Oriente Médio para ajudarem os militantes radicais na tomada de mais territórios.

“Temos conquistado muitas cidades e agora estamos implementando a Charia (leis do Islamismo). Temos áreas nas quais os kaffirs (os não-muçulmanos) estão nos pagando taxas. Se nós ficarmos nos países kaffir, teremos que pagar taxas a eles. Você quer ser humilhado desta forma? Pense sobre isso”, diz o militante, que ainda pede que um pai muçulmano não coloque um filho em escolas kaffir, pois “ele vai se tornar talvez um gay, talvez um traficante, talvez um pedófilo”.

Assista ao vídeo abaixo:


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‘Ex-jogador do Arsenal’ faz apelo para que muçulmanos ocidentais lutem na Síria