<br>No futebol atual, a expressão “jogador problema” anda em alta. Vários são os casos de craques da bola que têm uma vida extra-campo conturbada, mas que, quando estão dentro dos gramados, correspondem. Que Edmundo, Romário e Sócrates podem ser citados como exemplos desse tipo de atleta todos sabem. O que muitos não fazem nem idéia é que Heleno de Freitas é o precursor dessa opção de carreira.

Nascido no ano de 1920, Heleno de Freitas é considerado um dos maiores futebolistas brasileiros de todos os tempos, contudo, muitos desconhecem essa condição do ex-atleta por causa dos problemas que colecionou ao longo de sua trajetória. E olha que não foram poucos.

Revelado no juniores do Fluminense, Heleno brilhou mesmo com a camisa do rival Botafogo. Antes mesmo de pensar em se destacar na carreira de jogador profissional atuando pelo Glorioso, Heleno já era formado em Direito e ostentava imagem de membro da alta sociedade.

Dono de um gênio que para muitos era insuportável, o craque é até hoje reverenciado como o maior ídolo do Alvinegro antes da aparição de Mané Garrincha (são 209 gols em 235 partidas). Títulos? Heleno não conquistou nenhum pelo Botafogo, mas seu futebol elegante e as histórias que deixou como legado ao longo de sua vida foram suficientes para torná-lo referência do esporte nas décadas de 30 e 40 do século passado.

Expulsões e brigas dentro de campo eram especialidades do brilhante jogador. Heleno xingava de companheiros de equipe a adversários, ofendia do cartola mais importante ao humildade roupeiro e, mesmo assim, conquistava, apenas com seu futebol, a simpatia dos torcedores. Bem verdade que tal simpatia vinha apenas das torcidas dos clubes pelos quais Heleno vestiu a camisa: além do Flu e do Botafogo, Heleno jogou por Vasco, América, Atlético Barranquilla-COL e Boca Júniors-ARG (maior transferência de atletas do Brasil até então).

Boemio. Mulherengo (envolveu-se com Eva Perón). Viciado em drogas. Todas as classificações cabem ao “Diamante Branco”, como era chamado, e ele nunca fez questão alguma de esconder sua clara preferência por bordéis ao invés de treinamentos. Portador de sífilis e tuberculose, Heleno de Freitas ficou agressivo, e seu temperamento já intempestivo, tornou-se ainda mais intratável para os que o rodeavam no meio do futebol.

Armando Nogueira, experiente e consagrado jornalista brasileiro, tem uma célebre frase que caracteriza bem a vida de Heleno de Freitas. Diz Armando. “O futebol, fonte das minhas angústias e alegrias, revelou-me Heleno de Freitas, a personalidade mais dramática que conheci nos estádios desse mundo”.

Drama. Por ter se portado como um verdadeiro galã durante a vida, Heleno de Freitas ganha no próximo ano um reconhecimento ao palco que fez de sua vida. “Heleno”, filme que será dirigido por José Henrique Fonseca (do premiado “O homem do ano”), tem previsão de início de rodagens no começo de 2009. Para interpretá-lo, Rodrigo Santoro, ator brasileiro de maior destaque no cenário internacional da sétima arte.

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Heleno de Freitas: o primeiro 'craque problema' nos cinemas

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