Se diziam que o primeiro título paulista do Ituano não valia, deste ninguém pode dizer nada. O time segurou o Santos, dono da melhor campanha do Campeonato Paulista, e perdeu por apenas 1 a 0. Nas cobranças de pênaltis, vitória por 7 a 6 após o goleiro Vágner defender a última batida, do zagueiro Neto.

Este é segundo título paulista do clube, que vencera em 2002, ano em que nenhum “time grande” participou do campeonato. Corinthians, Guarani, Palmeiras, Paulista, Ponte Preta, Portuguesa, Santos, São Caetano e São Paulo não participaram, pois jogavam o Torneio Rio-São Paulo.

O time do interior tinha a vantagem do empate, e começou a partida abusando das pausas. Sem muita ofensividade, o Ituano segurava bem o ímpeto santista, que contava com grande apoio da torcida que compareceu em peso no Estádio do Pacaembu – 38.043 torcedores.

O time de Oswaldo de Oliveira não conseguia articular bons ataques e mais uma vez Geuvânio mostrou sua queda de produção. Leandro Damião, isolado, também não levava perigo. Somente quando Cicinho conseguiu um raro ataque pela direita, o camisa 9 conseguiu testar a bola, mas o goleiro Vágner defendeu (com o peito).

A melhor chance alvinegra foi realmente no gol. Após ataque santista, o zagueiro Alemão deu carrinho por trás em Cícero dentro da área e o árbitro marcou a penalidade. O camisa 8, que havia perdido cobrança na primeira partida, tomou a responsabilidade para si novamente, e inaugurou o placar. Isso no final do primeiro tempo, aos 46 minutos.

Vendo a inanição de seu setor ofensivo, Oswaldo tirou Thiago Ribeiro, reclamando de dores na coxa esquerda, e colocou Rildo após o início do segundo tempo. Pouco depois, o ex-jogador da Ponte Preta deixou Geuvânio na cara do goleiro, mas a bola caiu no pé errado do camisa 10 e o chute saiu para fora.

O Ituano, do técnico Doriva, começava a imprimir o seu bom estilo de jogo, marcando muito bem e armando contra-ataques. O jogo melhorou em nível técnico, ainda mais com a saída de Damião para a entrada do talismã Gabriel. Outro que entrou, mas no outro time, foi o experiente Marcinho, que jogou por Palmeiras e Corinthians.

Perto dos 40 minutos, o Santos tomou o controle da partida e, no abafa, tentava chutar de qualquer lugar. O Ituano imitava o rival, mas ambos os times pareciam já cansados, e não ofereciam real perigo aos goleiros. A partida terminou e, como o placar foi igual ao primeiro jogo, foi para os pênaltis.

Os times começaram acertando as primeiras cobranças, com Jackson e Cícero. Mas Anderson Salles, batedor oficial do time, acabou tendo o chute defendido por Aranha. A torcida do Peixe crescia e gritava cada vez mais alto o nome do goleiro. Daí, seguiram-se os acertos de Alan Santos, Marcelinho, David Braz e Esquerdinha, que bateu de forma perfeita. Diferentemente de Rildo, que chutou bem, mas a bola foi na trave.

Marcinho e Gabriel acertaram as quintas cobranças e disputada foi para as alternadas. O time de Itu conseguiu vantagem por bater primeiro, e colocava pressão no time do Santos a cada acerto. Jean Carlos, Arouca, Dener, Alison e Josa acertaram, até que o zagueiro Neto bateu mal, quase no meio do gol, e Vágner teve estrela, espalmando o tiro.

O Ituano é o digno campeão paulista de 2014 após vencer São Paulo na última rodada da primeira fase e, com isso, eliminou o Corinthians das quartas de final. Depois, classificou-se em cima do Botafogo, que tinha uma das melhores campanhas do torneio. O Palmeiras chegou com pompa e foi eliminado no mesmo Pacaembu. Depois, no primeiro jogo da final, colocou o Santos “na roda” e agora leva o título.

Parabéns Ituano!


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Ituano segura o Santos e é campeão paulista nos pênaltis