A melhor lutadora brasileira de MMA (Mixed Martial Arts) de todos os tempos afirma: “Não tenho principais adversárias. Luto com qualquer uma”. E ela não fala de brincadeira.

Entre as vitórias conquistadas em sua carreira, uma delas merece destaque: contra Gina Carano em agosto de 2009. Gina é a queridinha do MMA nos Estados Unidos e Cris “ofuscou” a estrela que deixava de brilhar. Em entrevista exclusiva, Cris Santos “Cyborg” fala um pouco sobre sua carreira.

– Em uma luta histórica para o MMA feminino, você venceu a popular Gina Carano. Essa vitória mudou de alguma forma a sua carreira?

Cris: Acredito que toda vitória muda a carreira de um atleta. E a derrota também faz descer 2 degraus. Esperei muito para lutar com Gina e me preparei bastante ela. Ela é muito conhecida aqui(EUA) e  lutar com ela seria muito importante para minha carreira, pra eu mostrar o meu trabalho e para os americanos verem que não existia só ela. Têm muitas atletas boas. E também tem o cinturão, foi a primeira vez na história que houve um luta feminina valendo cinturão.

– Como é viver do MMA? Morar nos EUA é uma tentativa de ter mais visibilidade no esporte?

Cris: Sinto muita saudades da minha família mas no momento para minha carreira tenho que ficar aqui. Já estou me adaptando, tudo tem seu sacrifício.

– Qual sua próxima luta e quais as expectativas?

Cris: Acredito que lutarei em janeiro ainda não tem nada certo, nem oponente, mas já estou treinando forte!

– Como é seu treinamento físico? E como você trabalha a parte psicológica?

Cris: Bom meu treinador físico é o brasileiro Rafael Alejarra . Treinei com ele no começo da minha carreira no Brasil, encontrei ele no Estados Unidos e estamos treinando juntos novamente. Acho muito importante trabalhar o cardio(respiratório). Acredito que é 70 por cento e 30 por cento  a parte técnica, pois sem gás não é possível mostrar técnica nenhum. Meu técnico e bem rígido e me coloca na linha. Ele que me passa minha dieta. Psicólogo eu não tenho um especialista, acredito que nessa área quem cuida é o meu marido. Ele é muito mais experience que eu, tem muita coisa para me ensinar. Desabafo sempre com ele e com Deus.

– O reconhecimento de alguns brasileiros no MMA (UFC) internacionalmente pode contribuir para o esporte feminino?

Cris: Acho que não, acredito que para contribuir com o crescimento do MMA feminino será importante contar muito com o desempenho das mulheres no octagon.

No ano passado você ganhou o Oscar do MMA. De que forma isso contribuiu em sua carreira?

Cris: Esse Oscar dá mais motivação de aprender cada vez mais para dar show no octagon.

– Quais são suas principais adversárias atualmente?

Cris: Não tenho principais adversárias. Meu papel e só treinar e esperar o evento pra encontrar uma oponente. Luto com qualquer uma, esse é o meu trabalho.

– Há boas brasileiras lutando MMA e seguindo seu caminho?

Cris: Estou há dois anos nos Estados Unidos, mas antes de eu vir a mulherada já tava dominando as academias, treinando, dando a cara para bater. Fico feliz assim terão novas campeãs no Brasil. E para mim é um prazer abrir as portas para elas.
Muito Obrigada pela oportunidade, quero agradecer aos meus patrocinadores, minha academia Chute Boxe e a todos meus fãs! Em janeiro após a minha próxima luta estarei no Brasil.


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"Luto com qualquer mulher", diz Cris Cyborg, a fera do MMA feminino