A chance de a zebra passear pelos gramados paulistas nas quartas de final do Estadual estava reservada para o embate entre Palmeiras e Mirassol, no Pacaembu. Último jogo dessa fase do Paulistão, o encontro repetiu o equilíbrio apresentado nas partidas de Santos, Corinthians e São Paulo. Assim como ocorreu anteriormente, o Verdão suou, mas obteve o passaporte para a semifinal ao derrotar o sétimo colocado da fase de classificação.

Da mesma forma que o Corinthians fez no mesmo palco neste sábado, o Alviverde abusou dos gols perdidos e dificultou um embate que poderia ter sido bem mais fácil. Uma das razões talvez tenha sido o nervosismo, já que o Verdão entrou com a obrigação de vencer a qualquer preço. “Tivemos a responsabilidade de ser o único time a entrar com os três grandes já classificados. Se acontecesse uma queda, falariam da sina de que o Palmeiras não ganha dos menores. Fizemos o nosso papel e entramos com força máxima para estar entre os grandes”, descreveu Kléber.

Apesar do receio por uma possível eliminação, o Palmeiras fez valer o peso de sua camisa e pressionou o clube interiorano desde o apito inicial do árbitro. A insistência no campo de ataque não demorou a ser recompensada. Logo aos 10 minutos de jogo, Valdivia esbanjou habilidade ao se livrar da marcação do Mirassol e, na sequência, abusou da força no lindo petardo de longa distância que acertou o ângulo do goleiro Fernando Leal. 

No embalo do rápido tento, Felipão convocou o grupo a avançar ainda mais e tentar matar de vez o duelo contra o assustado Mirassol. Duas grandes oportunidades foram desperdiçadas ainda antes dos 20 minutos. Aos 13, Marcos Assunção chutou falta com violência e obrigou o arqueiro rival a executar uma defesa de vôlei. Aos 18, foi a vez de Luan dar passe açucarado para o meio da área e Tinha chegar atrasado para arrematar com o gol totalmente vazio.

O castigo do “Mirola” veio aos 41 minutos. Após cobrança de escanteio pela esquerda, a zaga palmeirense cochilou e Marcelinho apareceu de surpresa por trás da marcação para empurrar ao fundo das redes. Mesmo injusta pelo número de chances criadas de ambas as partes, a igualdade deixou a torcida alviverde em alerta no Pacaembu.

No retorno do intervalo, a superioridade dos donos da casa voltou à tona. Logo aos 2 minutos, Luan cabeceou sozinho para fora. No entanto, a noite não era de gols fáceis. No doimngo de Páscoa, o destino do Palmeiras era mover o marcador com chutes de longe. Foi o que ocorreu também aos 11. Márcio Araújo aproveitou rebote vindo da grande área e emendou um fuzil no canto direito baixo do goleiro do Mirassol.

Daí para frente, a bruxa continuou solta para o Verdão nas finalizações mais simples. Aos 22 minutos, Luan recebeu lançamento na medida de Valdivia. Cara a cara com Fernando Leal, teve a coragem de arrematar à direita da meta verde e amarela. Não era mesmo o dia dos atacantes, mas isto não entristeceu o público. 

Com o resultado simples de 2 a 1, o Palmeiras entra em rota de colisão com o maior rival Corinthians. As duas equipes têm encontro marcado para o próximo domingo (1º). Em pleno Dia do Trabalho, os operários da bola terão que trabalhar duro para lutar por uma vaga na decisão do Paulistão.


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Palmeiras fecha grupo de gigantes na semi paulista