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Revelado pelo São Caetano, o volante Fábio Alves Félix, mais conhecido como Fabinho, teve sua primeira passagem pelo Corinthians entre 2001 e 2004. Emprestado ao Timão pelo Toulouse, da França, no começo do ano, o jogador que arrumou o meio-de-campo do time de Mano Menezes declarou, em entrevista exclusiva, que jogador de elite tem que ter cara de Série B. Também falou sobre sua carreira, problemas no Japão e desavenças com Alberto Dualib.

Disputando pela segunda vez a Segunda Divisão do Brasileirão (a primeira foi pelo São Caetano), Fabinho enaltece a competição e diz que bom jogador é o que tem a cara do torneio. “Todos jogadores de elite precisam ter cara de Série B. Lá, a partida é mais difícil, mais corrida, mais rápida.”

Quando chegou ao Corinthians, em 2001, depois de se destacar pelo São Caetano, Fabinho passou por um período de aprendizado, ficando seis meses na reserva. Depois desse tempo, foi titular e conquistou, com a camisa alvinegra, três títulos (Rio-São Paulo e Copa do Brasil em 2002 e Paulista em 2003). "Na primeira passagem pelo Timão, tinham jogadores experientes como Vampeta e Ricardinho. Foi muito bom para eu adquirir experiência. Depois de seis meses, ganhei confiança e virei titular", conta o volante.

Por alguns problemas com os cartolas, Fabinho deixou o Corinthians em 2004. "Eu estava bem, vinha de um ótimo Brasileirão, tinha feito 12 gols e já falavam em seleção. Não me deram o devido valor", reclamou.

Segundo ele, a parceria com o fundo de investimentos do iraniano Kia Joorabchian, em vez de ajudar, acabou atrapalhando sua carreira no Corinthians. "O Dualib me mandou procurar outro clube. A MSI estava chegando e a idéia era renovar tudo, contratar outros jogadores. Fiquei chateado com isso, mas com os diretores e não com o clube."

Do Brasil o jogador foi direto para o Japão defender o Cereso Ozaka, onde demorou para se adaptar e, por causa da dificuldade com a comida, perdeu cinco quilos e colecionou algumas gafes "Quando eu ia a restaurantes locais com jogadores, pedia garfo e faca, porque não sabia comer com hashi. Só que lá eles usam isso para crianças, é uma espécie de kit. Aí ficavam me olhando e rindo”, conta o jogador de 28 anos.

Se pessoalmente a passagem pelo Japão não foi confortável, pelo lado profissional Fabinho foi destaque. “No Campeonato Japonês de 2005, não ganhamos o título por apenas um ponto. Nesse mesmo ano, recebi proposta do Lyon, da França, mas a diretoria não me liberou, pois estávamos muito bem no nacional.”

Sobre seleção brasileira, o volante declarou não pensar nisso já que trabalha para a equipe e uma convocação seria o resultado de seu trabalho. “A seleção é o sonho de qualquer jogador, mas não trabalho pensando nisso. Se acontecer uma convocação, ela será conseqüência do trabalho feito no clube. Meu foco é ajudar o Corinthians.”

O empréstimo de Fabinho vai até o final do ano, mas ele não sabe como será quando acabar o período. A vontado o atleta é a de ficar no Brasil, já que há atritos entre ele e o técnico do Toulouse. A permanência do homem que ligou a defesa e o ataque do Corinthians no Parque São Jorge depende da diretoria se empenhar em contratá-lo.

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Para Fabinho, jogador de elite tem que ter cara de Série B