A chegada de Clarence Seedorf ao comando do Milan em janeiro prometia uma revolução em um grande clube passando por má fase, mas a queda no desempenho nas últimas partidas começou a colocar em dúvida sobre a capacidade do holandês de recolocar os ‘rossoneros’ no caminho dos bons resultados.

Além da eliminação na Liga dos Campeões da Europa, ao perder os dois jogos das oitavas de final para o Atlético de Madri – um deles por 4 a 1 -, o Milan acumula três derrotas seguidas no Campeonato Italiano, e ocupa a 11ª posição, com 37 pontos, 12 atrás da Internazionale, última na zona de classificação para a Liga Europa.

Quando o antecessor do ex-meia do Botafogo, Massimiliano Allegri, foi demitido, o rossonero estava exatamente na mesma colocação, só que a 10 pontos das vagas para as competições europeias.

Desde que assumiu o cargo de treinador, ele comandou o Milan em 12 partidas, em que somou quatro vitórias, um empate e sete derrotas. Neste jogos, foram 12 gols a favor e 19 contra.

Apesar da queda de rendimento, o proprietário do Milan, Silvio Berlusconi, confirmou nesta segunda-feira que Seedorf continuará no clube na próxima temporada. A decisão acompanha o pensamento do técnico, que, dias antes de pegar o Atlético de Madrid, afirmou que seu objetivo é “construir um futuro brilhante e um elenco forte que possa competir outra vez em nível mundial”.

Outra questão, é se Mario Balotelli, grande estrela do time atualmente, será também uma das referências deste projeto. Após derrota do Milan para o Parma por 4 a 2, no San Siro, o atacante e Seedorf se reuniram com um grupo de torcedores do clube para falar da péssima fase que atravessa a equipe.

Os torcedores mais críticos do Milan, visivelmente irritados, chamaram os atletas de “indignos” antes da partida e escolheram o atacante como principal alvo. Balotelli foi xingado todas as vezes em que se aproximou do setor sul do estádio, onde fica a principal torcida organizada do clube.

A imprensa italiana questiona hoje a permanência de Balo, agora que o jogador perdeu carinho da torcida. A incerteza aumenta, principalmente com a possibilidade da saída do seu maior defensor, o vice-presidente Adriano Galliani.

Por enquanto, o artilheiro do Milan no Campeonato Italiano, com 11 gols, terá que tentar salvar o time. Caso contrário, Seedorf e companhia farão história com a primeira ausência em competições continentais desde a temporada 1998/1999.


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Sem 'revolução', Milan de Seedorf tem rendimento baixo e segue em crise

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