Acostumado às grandes decisões, já que participou da conquista de todos os títulos recentes da Espanha e ainda foi campeão pelo Chelsea, o atacante Fernando Torres admitiu neste sábado (29) que a Fúria é a seleção a ser batida atualmente, mas jogou o favoritismo da final da Copa das Confederações para o Brasil.

Em entrevista à Agência Efe, o centroavante comparou a seleção espanhola atual à brasileira de outros anos, mostrou conhecer bem o adversário deste domingo e admitiu que não dava grande importância para o torneio do qual é finalista.

“Nós temos mais a perder que eles, somos o adversário a ser batido. Para nós, o Brasil é o favorito. Tem tudo a seu favor, joga em seu país, o ambiente… Fora que todo mundo quer ganhar da Espanha. Hoje em dia, somos o Brasil do presente. Há alguns anos, eles eram a seleção a ser batida por ser campeã e ter os melhores jogadores”, analisou El Niño.

Nem Torres nem qualquer outro jogador que estará em campo no Maracanã já disputaram um duelo entre Brasil e Espanha. A última vez que as duas seleções se enfrentaram foi em novembro de 1999, num amistoso que terminou empatado em 0 a 0. O atacante vê a decisão como o cenário ideal para que as duas equipes voltassem a medir forças.

“Alguns companheiros jogaram contra o Brasil nas categorias de base, mas eu, nem isso. É a primeira vez, e não poderia ser melhor, em uma final no Maracanã. Era a final esperada em 2009, mas que não aconteceu. Desde então, não seguimos caminhos semelhantes, mas estamos em uma final que era sonho de ambos. Eles venceram cinco Copas do Mundo, e nós, a última”, destacou.

Sobre a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari, o artilheiro desta Copa das Confederações enalteceu a troca da aposta nos talentos individuais pela organização tática.

“O Brasil é uma grande equipe. Não é o Brasil de anos atrás, com mais nomes e talentos individuais. Agora ainda há talento, mas joga mais em conjunto. É completo, não tem uma parte deficiente”, elogiou.

“Há muito trabalho no meio com Oscar, que chega bem. Tem três grandes atacantes como Neymar, Hulk e Fred, dois dos melhores zagueiros e laterais do mundo. Foram mudando até encontrar esta equipe”, completou o atleta do Chelsea, que pediu atenção especial da Espanha com o atacante Neymar.

“Já tinha ouvido maravilhas sobre ele. Seus números no Santos são espetaculares. Aí há um grande jogador que crescerá em uma grande equipe como o Barça. Certamente é a principal arma a ser vigiada”, considerou.

A Copa das Confederações começou a ser disputada em 1992, ainda como Copa Rei Fahd. Em oito edições até agora, apenas três teve um europeu como campeão – França duas vezes e Dinamarca. Na opinião de Torres, o torneio não é muito valorizado na Europa e só se tornou importante para a seleção espanhola por se tratar de uma conquista inédita.

“É um campeonato que não levávamos muito em conta até se tornar o único título que não temos. Na Espanha, nem era conhecido. Neste ano, passamos a dar a mesma importância que as equipes da América. Lembra o Mundial de clubes, um campeonato que deveria ser o mais importante, mas não é visto assim na Europa”, avaliou.


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'Somos o Brasil do presente', compara Fernando Torres antes da final