Primeiro campeão do WQS, Teco Padaratz também é guitarrista

O surf brasileiro está na crista da onda, literalmente! Nunca o esporte foi tão exposto no país como acontece atualmente. Tudo isso graças ao jovem Gabriel Medina e sua possibilidade concreta e inédita de conquistar o título mundial de surf profissional. Por essas e outras, nosso Throwback Thursday deste dia 11 é reservado ao esporte de alto mar, que  começou a ser praticado no Brasil em 1930 e vai muito além da grande revelação de 20 anos.

Gabriel Medina, a esperança do surfe brasileiro no futuro

Gabriel Medina (surfe)
Créditos: Getty Images

Thomas Ernest Rittscher Júnior, Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Hafers foram os responsáveis pelo surgimento da prática do surf no Brasil. Nos anos 30, na cidade de Santos, litoral paulista, o quarteto deu o pontapé inicial para esporte que foi reinventado nos anos 50 pelos cariocas.

Depois de alguns altos e baixos, o surfe brasileiro voltou a ganhar mais espaço no cenário esportivo em 1976, quando Pepe Lopes venceu uma etapa do circuito mundial, no Rio de Janeiro. Famoso por ser praticante de vários esportes, Pedro Paulo Guise Carneiro Lopes, o Pepe, foi campeão mundial de voo livre, sexto colocado no Pipe Masters do Havaí (o melhor brasileiro do ranking), campeão carioca de hipismo, e considerado por muito tempo um dos 20 melhores surfistas do mundo.

Guitarrista nas horas vagas, Pepê Lopes foi um dos maiores surfistas brasileiros

O título isolado de Pepê, novamente, não foi o suficiente para deixar o surf em alta no Brasil. Tanto que o esporte só retomou a sua força em 1992, quando Teco Padaratz (foto abaixo) tornou-se o primeiro campeão do WQS, uma espécie de segunda divisão da elite do surf profissional no mundo. Desde então, os brasileiro iniciaram uma corrida forte dentro do circuito mundial. Em 1998, o jovem Fabio Gouveia venceu o mundial amador, sagrando-se o primeiro brasileiro campeão de um título internacional. Um ano depois, Vitor Ribas terminou o circuito na terceira colocação.

Teco Padaratz foi o primeiro campeão do WQS

O vai e vem do surfe entre os esportes mais falados e praticados no Brasil seguiu a mesma rotina de décadas anteriores, até a chegada de Adriano de Souza, o Mineirinho para os leigos. Em 2002, ainda com 15 anos de idade, o ‘Mineiro do Guarujá’ tornou-se o mais jovem campeão de uma competição profissional, vencendo uma etapa do SuperSurf, do Circuito Brasileiro.

Considerado um fenômeno em cima da prancha, Mineirinho ainda carregou o troféu do Mundial Júnior na Austrália, em 2004, e foi o recordista de pontos no WQS, em 2005, se credenciando assim para a elite do esporte. Mineirinho foi por muito tempo o grande nome do surfe brasileiro, vencendo diversas etapas da ASP World Tour e do WCT, chegando a enfrentar o deca-campeão Kelly Slater em uma bateria em Peniche, Portugal.

Mineirinho, um dos fenômenos do surf, foi referência do esporte por muito tempo no Brasil

Com o passar do tempo e o crescimento do mercado, que atualmente movimenta quase R$ 4 bilhões por ano, Gabriel Medina surgiu como o maior fenômeno do esporte no Brasil, entrando no circuito mundial em 2011 e assombrando o mundo do surfe com seu talento e performances em cima da prancha.

Liderando o ranking desde o início de 2014, Medina, que já é uma celebridade esportiva no Brasil e já possui algumas propagandas em pontos de ônibus e vitrines da Avenida Paulista, é o grande favorito para conquistar o título inédito do Circuito Mundial de Surfe (WCT) em Pipeline, no Havaí.

Além da grande chance de superar Mick Fanning, segundo colocado, e Kelly Slater, o terceiro na briga pelo título, Medina pode, com o inédito troféu que está em jogo desde o dia 8 de dezembro e que vai até o dia 20 do mesmo mês, trazer de vez a popularidade do esporte para o país e se tornar uma referência na categoria e um ídolo nacional. Boa sorte, garoto!


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