O técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli, afirmou que pretende levar seus comandados até a ilha de Lampedusa, porta de entrada de imigrantes ilegais e refugiados africanos na Itália. Na última semana o naufrágio de um barco com cerca de 500 pessoas a bordo, que tentavam chegar à ilha, chocou o mundo.
“Diante dessa tragédia nós devemos criar uma nova mentalidade. Não precisamos receber um convite, mas devemos nós mesmos tomar essa iniciativa. Dou a minha disponibilidade, pois é importante passar certas mensagens” – afirmou Prandelli.
O treinador também se manifestou com relação às vaias ouvidas em alguns estádios italianos, no momento do minuto de silêncio em homenagem às vítimas de Lampedusa. E não aliviou nas críticas quanto a essas atitudes.
“Não acredito que a Itália seja um país racista. Vejo a situação de uma forma diferente. Muitos ficaram indignados com esse fato, mas as pessoas que se incomodaram com estas vaias deveriam levantar a voz e dizer ‘basta’. A verdadeira Itália não é aquela que vaia um minuto de silêncio, mas sim aquela da solidariedade, de quem foi ao mar ajudar os sobreviventes do naufrágio.”
