As recentes confusões envolvendo o jovem atacante Neymar já viraram notícias até mesmo fora do país, e de uma forma bem negativa. A crise santista que levou a demissão do técnico Dorival Júnior, na última semana, é destaque do jornal americano “The New York Times” desta quinta-feira. Segundo o site o periódico, a “jovem estrela corre o risco de se queimar”.

A matéria, do jornalista Rob Hughes, ainda cita os grandes atletas brasileiros que confirmaram o rótulo de promessas, casos como o de Ronaldo, Romário e Kaká, e também dos jovens que estão buscando atualmente o sucesso no futebol europeu, como o atacante André, do Dínamo Kiev-UCR, Alexandre Pato, do Milan-ITA, e Philippe Cutinho, da Inter de Milão-ITA.

O jornalista exalta Neymar após o desempenho dele no amistoso contra os Estados Unidos e cita o atleta do santos como o jogador mais atraente da nova geração. Mas ele coloca o caso “Dorival” como um divisor de águas na carreira no jovem de 18 anos.

“O Santos é o clube de origem de Neymar, assim como já foi de Pelé – seu primeiro e único time brasileiro, onde jogou mais de mil jogos. Mas, enquanto Pelé é um daqueles que imploram para Neymar ficar no Santos, para seu próprio bem, as suspeitas estão crescendo de que vai para a Europa na janela de transferências em janeiro. O dinheiro é apenas parte do problema. ‘Estamos criando um monstro no futebol brasileiro’, disse outro treinador brasileiro muito viajado, René Simões, na semana passada. ‘Alguém tem que educá-lo para o bem do esporte”, publica o jornal americano. O medo de que ele possa desenvolver mais hábitos de Maradona do que de Pelé exercita a mente de um país onde o futebol está tão enraizado”.

Hughes ainda deixa claro que, por causa de suas atitudes, Neymar pode acabar virando um Maradona, e não um Pelé. “Este é um homem jovem, mas de quem toda ação está na câmera. A nação assiste, debate, critica, elogia. O medo de que ele possa desenvolver mais hábitos de Maradona do que de Pelé exercita a mente de um país onde o futebol está tão enraizado”.


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The New York Times diz que Neymar corre sério risco de se "queimar" no futebol