Os surfistas do Rio de Janeiro receberam uma boa notícia esta semana. O retorno do WCT para a cidade carioca após 10 anos animou e bastante os cariocas, no entanto, nem tudo é um mar de rosas.

Em entrevista exclusiva ao Portal Virgula, Abílio Fernandes, vice-presidente da Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro e técnico da equipe carioca, demonstrou alegria com o retorno do circuito mundial para a cidade, mas apontou alguns problemas na modalidade.

“Se você chegar em mim e mandar eu escolher entre o WCT e o investimento no circuito profissional do Rio de Janeiro, eu vou ficar com a segunda opção. Acho importante ter o WCT no Rio e fico muito feliz, mas falta algumas coisas no surfe brasileiro para não acabarmos sendo palco para uma competição onde os estrangeiros dão show”, disse Fernandes.

Segundo o vice-presidente, o problema da surfe carioca, que acontece também em outros estados, fica evidente no circuito brasileiro.

“Como sou o técnico, eu convoco os melhores do ranking, mas vários recusam o convite, pois não têm apoio, não têm dinheiro para viajar. Com isso, nossa equipe acaba sendo formada por quem tem dinheiro e não por quem tem melhores condições”, garantiu o dirigente.

Apesar de ter trazido o WCT de volta para o Rio de Janeiro, o que não acontecia desde 2001, a prefeitura da cidade é o principal alvo das críticas. “A gente tem tentado negociar com eles fazem dois anos, mas desde que essa gestão entrou, nós não conseguimos o apoio. Prova disso é o campeonato estadual que ainda não teve nenhuma etapa na capital”, completou Fernandes.

Procurado pela reportagem do Portal Virgula, a secretaria de esportes do Rio de Janeiro ficou de retornar a ligação, mas não deu uma resposta sobre o caso.


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Vice da federação de surfe do RJ comemora volta do WCT, mas reclama da falta de apoio