Coletiva de imprensa da peça "Cruel"


Créditos: gabriel quintão

Na tarde desta segunda-feira (20), Reynaldo Gianecchini esteve no Teatro Faap, em São Paulo, para a coletiva de imprensa da peça Cruel, ao lado do diretor Elias Andreato e dos atores Erik Marmo e Maria Manoella.

Com a história traduzida e adaptada do texto Creditors (Os Credores), de August Strindberg, ele dará vida ao orgulhoso e vingativo Gustavo, que pretende destruir sua ex-mulher Tekla (Maria Manoella) e o atual marido dela, Adolfo (Erik Marmo). “Meu personagem é o mais assumidamente cruel, embora todos sejam. Ele quer se vingar, pois foi destruído, sofreu horrores por causa desta mulher”, contou Gianecchini sobre seu personagem.

 A peça, que teve o nome original modificado por escolha do diretor, é uma mistura de drama e suspense. “É um jogo incrível, é um teatro que se destrói verbalmente, é uma violência interna, não é exposta, aos gritos, não tem tapas, nada violento. Por isso é muito difícil, tem que estar dentro de você, construído por várias camadas a serem exploradas”, disse o ator que deu vida ao vilão Fred, na novela Passione (2010).

Ele ainda está se recuperando de uma cirurgia que teve que se submeter recentemente, mas, mesmo assim, não abandonou o trabalho: “Atrapalhou só um pouquinho. Tinha que operar de qualquer jeito, mas fiquei só três dias afastado [da peça] e acabou que não atrapalhou muito. Foi interessante dar esta pausa devido à complexidade do texto”.

Para tranquilizar seus fãs, o ator explicou melhor sua situação: “Estou ótimo! Foi uma cirurgia bem simples, fui operado de uma hérnia inguinal [virilha] e descobriram uma umbilical também. É uma recuperação simples, mas mexeu bastante, porque foram duas coisas. Mas estou bem, já dá para ter uma vida bem normal, já tirei os pontos e tudo”.

Reynaldo estreou na TV como ator na novela Laços de Família (2000), de Manoel Carlos, e, na época, foi muito criticado. Hoje, ele apresenta uma constante evolução em sua carreira. “Para ser ator tem sempre que estudar, nossa profissão leva a gente para muitos lugares, cada trabalho é um desafio de alguma forma, e eu estou sempre estudando. Embora nunca tenha feito uma escola fixa, cada trabalho, para mim, é um estudo”, revelou.

Ele também comentou sobre um personagem que ficou marcado em sua carreira: “Um personagem que ninguém fala muito e que a novela nem foi um grande sucesso, mas foi maravilhoso na minha vida, foi no trabalho de Benedito Ruy Barbosa, em Esperança (2002), em que eu fazia o italiano. Eu adorei fazer aquele papel, aprendi muito, era um personagem que tinha muito a ver com as minhas origens”.

A peça estreia dia 27 deste mês de junho, no Teatro Faap, em São Paulo e será apresentada apenas às segundas e terças-feiras.




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Após cirurgia, Gianecchini estreia peça: "Meu personagem é o mais assumidamente cruel"