Carioca da gema, Jessé Gomes da Silva Filho, popularmente conhecido como Zeca Pagodinho, foi o primeiro entrevistado do novo quadro do Fantástico chamado O Que Vi da Vida, exibido na noite deste domingo (07), na TV Globo. Entre os assuntos falados pelo artista estão sua carreira, família, boêmia, fé, entre outros tópicos. Vencedor de cinco prêmios Grammy e com 22 álbuns gravados, o ex-feirante se mostrou a vontade durante a gravação. “Pobre, rico, polícia, otário e malandro. Na minha casa não tem esse negócio. Vai todo mundo e todos se respeitam”, disse ele.

Na opinião dele, quando você tem grana a religião fica de lado. “Quanto mais a pessoa fica rica mais descrente ela é”, afirmou. Zeca também revelou na matéria seu medo por fantasmas e disse que não gostaria de acreditar na morte. “Deus é bom. Me tirar de um lugar desses com cerveja gelada, mulheres bonitas pra me levar pra onde? Pra eu ficar no céu com duas asinhas e uma arpinha na mão? Isso não fica bem em mim, cara. Nesse caso eu prefiro até descer [para o inferno]”, comentou.

Sobre cometer pecados, ele foi direto. “Peco pra caramba, mas contra mim mesmo, não contra os outros”, destacou. “O mais fácil na vida é rezar e beber uma cervejinha. Às vezes faço os dois ao mesmo tempo”, completou.

Aos 52 anos, o veterano disse que não se considera um artista e que não consegue entender algumas atitudes dos seus fãs. Zeca afirmou ainda que sempre quis ouvir sua música tocando nas rádios. Para ele, porém, a fama parece não ter sido tão boa. “O sucesso é muito bom, mas pra mim que sou criado no mundão, andando de lá para cá e que gosta de liberdade, ser vigiado é muito chato. Se eu caí, é notícia, mas porra, todo mundo cai. ‘O Zeca tava bêbado!’ Mas e daí, só tinha eu de bêbado no mundo aquele dia?”, desabafou.

Antes do fim da entrevista, o músico contou que gosta de conversar com gente maluca e bebum. “Esses caras têm filosofias”. Sem papas na língua, Zeca finalizou a matéria dizendo. “Artista eu sou no palco, na rua eu sou um verme como outro qualquer”.


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"Artista eu sou no palco, na rua eu sou um verme como outro qualquer", diz Zeca Pagodinho