Instagram/Reprodução Drake se manifestou contra violência policial

A polícia dos Estados Unidos matou 102 negros desarmados e inocentes em 2015. Praticamente duas mortes por semana, sendo que a maioria foi provocada por oficiais brancos. As autoridades norte-americanas parecem esforçadas em manter a média, uma vez que, nesta semana, mais duas mortes de negros ganharam as redes sociais e geraram protestos.

Na noite desta quarta-feira (6), centenas de pessoas foram às ruas em Louisiana pedir justiça pela morte de Alton Sterling, pai e casado, que foi morto por um policial com uma série de tiros. A ação foi gravada e nela é possível ver que Alton sequer se mexeu durante a abordagem.

Por incrível que pareça, enquanto o protesto crescia, outra abordagem policial com morte foi registrada. Em Minnesota, Philando Castile , negro de 32 anos, foi assassinado na frente de sua namorada e filha após ser parado em uma blitz. A ação também foi filmada, neste caso pela própria namorada dele.

O vídeo tem mais de 10 minutos. Nele, é possível ver que Philando avisa ao policial que está armado, mas possui licença para portar o revólver. Logo depois, o oficial pede que ele pegue os documentos pessoais e do carro. Quando ele se movimenta para tirá-los de seu bolso, o agente se assusta e atira nele.

O rapper Drake, que é negro e canadense, usou o Instagram para manifestar sua revolta contra os casos recentes. Em um longo texto, Drake diz que considera os Estados Unidos sua casa e se diz assustado e preocupado com a segurança dele, de seus amigos e sua família.

“Me sinto orgulhoso de poder chamar os Estados Unidos de minha segunda casa. Quando vi o vídeo de Alton Sterling sendo morto na noite passada, fiquei desmotivado, emocionado e muito assustado. Acordei nesta manhã com um verdadeiro sentimento de dizer alguma coisa”.

O rapper continua.

“É impossível ignorar que a relação entre a comunidade negra e forças da lei está tão tensa como era há algumas décadas. Ninguém nasce sendo apenas uma hashtag. Ainda assim, a tendência em ser reduzido a uma continua. Isso é real e eu estou preocupado. Preocupado com a segurança da minha família, amigos e qualquer ser humano que possa ser vítima desse padrão. Eu não sei a resposta, mas acredito que as coisas podem mudar para melhor. Um diálogo honesto e aberto é o primeiro passo”.

Drake finaliza a carta com condolências aos familiares de Alton.

“Meus pensamentos e preces estão com a família de Sterling e qualquer família que tenha perdido alguém neste ciclo de violência”.

11 mulheres negras que já foram vítimas de racismo

Na página do Jornal Nacional no Facebook, internautas ofenderam a raça da apresentadora e um deles se referiu à Maju como escrava: "Onde compro essa escrava? Na época, o caso gerou revolta nas redes sociais e William Bonner e Renata Vasconcellos saíram em defesa da jornalista.
Créditos: Reprodução / Instagram

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Drake se revolta contra mortes de negros causadas por policiais

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