George Clooney convocou nesta quinta-feira (28) um boicote a nove hotéis de luxo após o Brunei anunciar um nova lei que pretende punir com pena de morte homossexuais e adúlteros. O país segue a lei islâmica da Sharia e as medidas devem entrar em vigor a partir do dia 3 de Abril.

“No centro de tudo isso está o Sultão do Brunei, um dos homens mais ricos do mundo. O Grande Kahuna. Ele é dono da Agência de Investimentos de Brunei, responsável por hotéis espetaculares”, escreveu. O ator refere-se a locais luxuosos como o Dorchester, em Londres, e Le Meurice, em Paris, e convida os leitores a pararem de financiar uma empresa que se opõe aos direitos humanos.

O ator admitiu já ter se hospedado em alguns dos estabelecimentos, “pois eu não fiz a lição de casa e não sabia quem eram os donos”. “Mas vamos ser claros: cada vez que nos hospedamos, fazemos reuniões ou jantamos em qualquer um desses nove hotéis, estamos dando dinheiro a quem escolheu apedrejar e chicotear até a morte cidadãos só por serem gays ou por terem sido acusados de adultério”, alertou.

Clooney é realista ao reconhecer que o boicote terá um efeito mínimo no novo código penal, contudo, recusa-se a financiar violações aos direitos humanos. “Ao longo dos anos aprendi que, ao lidar com regimes assassinos, não dá para atingi-los diretamente. Mas você pode atingir os bancos, os financiadores, instituições que fazem negócios com eles.”

Brunei é um país localizado no sudeste asiático, perto da Malásia e Indonésia. Rico em petróleo, possui uma população com mais de 450 mil pessoas.

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Créditos: Divulgação

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George Clooney propõe boicote a hotéis em resposta à lei anti-LGBT