Aos 34 anos, Thiago Lacerda vive um grande momento em sua carreira, interpretando o clássico de Shakespeare no teatro, Hamlet, que está em cartaz na cidade de São Paulo. Em entrevista para o Jornal da Tarde, desta segunda-feira (29), ele relembrou como foi seu início na profissão.

“Como tudo na minha vida, na minha carreira, as coisas acontecem sem que planeje muito. Aos 16 anos, fui fazer curso de teatro porque queria ser gerente de banco e eu tinha de lidar com o público. Meu pai era gerente de banco e era a referência que tinha. E um dia sai do curso porque comecei minhas aulas de economia da faculdade e fui arrumar um emprego, trabalhar em um shopping. Alguns meses depois, minha ex-professora me ligou falando que estavam abrindo um teste. Fui porque queria trabalhar, precisava arrumar uma grana para levar minha namorada ao cinema. No dia, estava com febre, não queria fazer, mas ela insistiu e fui fazer o teste e passei”, revelou o ator.

Além disso, ele comentou sobre seus primeiros trabalhos: “Comecei a trabalhar meio sem saber o que estava fazendo. A verdade é essa: Eu nunca fui ator, eu virei ator. Fiquei três meses na Malhação (novela teen da TV Globo, em que atuou em 1997) . Foi um curso de verão, muito mais que um primeiro trabalho. E eu fiz uma minissérie, Hilda Furacão (1998), que realmente foi o primeiro trabalho. E ali tomei gosto pela coisa. Mas ainda não sabia para onde aquilo ia caminhar. E levei a faculdade em paralelo com o trabalho. Saí da minissérie e fiz minha primeira novela, das seis, o remake de Pecado Capital (1998). E em Terra Nostra (1999) eu determinei meus caminhos. Foi quando estreei no teatro e comecei a investigar a profissão mais a fundo, tranquei a faculdade. Terra Nostra foi o divisor de águas, não só pelo resultado com o público, mas por ter me dado a certeza que até ali não tinha”.

Mas com o sucesso como ator, Thiago também se tornou alvo dos paparazzi, algo que não lhe agrada em nada: “É chato para caramba ter de conviver com isso. Não é legal, não é divertido, a gente não precisa disso. Mas é irreversível. Essa indústria do que não é importante está cada vez mais presente na vida da gente. O dinheiro que a curiosidade movimenta hoje é tão enorme que as pessoas fazem um esforço gigantesco para fazer a gente acreditar que aquilo é relevante. E não é relevante. Eu também me recuso a sucumbir diante dessa futilidade que eles imprimem, eu toco minha vida indiferente a isso”.


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Thiago Lacerda revela: 'Fui fazer curso de teatro porque queria ser gerente de banco'