Há exatos 22 anos surgia um mito. Ayrton Senna da Silva, nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, conquistava o seu primeiro título mundial de Fórmula 1.

Foi no dia 30 de outubro de 1988, em seu ano de estreia pela McLaren, que Senna conquistou o primeiro título de sua carreira na categoria mais importante do automobilismo.

Nunca surgiu e dificilmente surgirá algum piloto tão reverenciado e idolatrado pelos brasileiros como ele foi.

Foram vários os que passaram pela Fórmula 1 desde o período em que Senna correu até agora. A esperança em ver um novo campeão mundial foi grande em alguns momentos, mas ninguém conseguiu a façanha.

O Portal Virgula listou os principais pilotos brasileiros que surgiram como esperança na maior categoria do automobilismo mundial desde 1988.

Pedro Paulo Diniz – O filho do empresário Abílio Diniz nunca foi uma das maiores esperanças brasileiras de bons resultados na Fórmula 1. Seu primeiro grande prêmio foi no Brasil, em 1995 e sua melhor temporada ocorreu em 1999, quando fez três pontos e terminou em 14º lugar geral.

Cristiano da Matta – A passagem de Cristiano da Matta pela Fórmula 1 durou pouco mais que uma temporada. O mineiro correu a temporada de 2003 pela Toyota ao lado do experiente Olivier Panis. Como melhores resultados ficou em 6º colocado duas vezes.

Ricardo Zonta – O curitibano começou como piloto de testes da McLaren, em 1997. Entre idas e vindas dentro da categoria, protagonizou uma das cenas mais fantásticas da Fórmula 1 moderna. No GP da Bélgica, em 2000, estava pronto para ser ultrapassado como retardatário por Schumacher e Mika Hakkinen, que disputavam a primeira posição. Hakkinen aproveitou o carro de Zonta e foi para o lado contrário do alemão, ultrapassando os dois ao mesmo tempo.

Enrique Bernoldi – Nunca teve uma posição de destaque na categoria. Correu dois anos (2001 e 2002) sempre no final do grid com a frágil Arrows. Se retirou da Fórmula 1 antes de acabar a temporada 2002, assim como sua equipe.

Luciano Burti – O atual comentarista da Rede Globo disputou apenas uma temporada na F1. Sua carreira na categoria foi interrompida depois de um grave acidente que sofreu no GP da Bélgica, em 2001. Burti, que guiava um Prost, disputava posição com Eddie Irvine, da Jaguar. Os dois se tocaram e o brasileiro foi parar no muro numa velocidade de cerca de 270km/h, tendo que ficar em coma induzido por dois dias.

Tarso Marques – Os anos em que esteve na F1, Tarso Marques ficou apenas na nanica Minardi – acostumada a sempre estar distante das primeiras posições do grid e com dificuldades financeiras. Estreou em 1996, mas logo saiu. Voltou em 2001 e correu ao lado do futuro bi-campeão Fernando Alonso, também na Minardi. O melhor resultado foi um 9º lugar.

Antonio Pizzonia – Começou como piloto de testes da Willians. Um ano após, em 2003, foi para a Jaguar ser companheiro de equipe do australiano Mark Webber.  Não conseguiu resultados expressivos e no meio da temporada voltou para Willians para substituir Ralf Schumacher. Foram quatro vezes em 7º lugar e oito pontos nos 20 GPs que disputou. 

Nelsinho Piquet – Pode ser considerado a maior decepção entre os brasileiros. Em 2008, foi escolhido para ser piloto titular com toda a pompa que o sobrenome poderia lhe dar e guiando um carro não tão ruim como outros, o Renault. Conseguiu um 2º lugar bastante comemorado no GP da Alemanha no mesmo ano. Mas no ano seguinte veio a derrocada. Após ser demitido por Flavio Briatore (chefe da equipe) pelo seu desempenho ruim, anunciou para o mundo inteiro a trapaça que havia feito no ano anterior para ajudar o companheiro Fernando Alonso a vencer o GP de Cingapura. Nelsinho chocou seu carro propositalmente contra o muro e forçou a entrada do Safety Car. Alonso foi o principal favorecido. O brasileiro saiu pela porta dos fundos da F1.

Bruno Senna – O sobrinho de Ayrton está começando agora. O ano de 2010 marcou sua estreia na F1. O peso do sobrenome é imenso, mas com o carro que está guiando fica impossível realizar qualquer avaliação. O carro da Hispania chegou a ser comparado a um veículo de Fórmula 3, tamanha a discrepância entre os modelos. Completou apenas cinco dos 13 GPs disputados até agora. Rumores dizem que Bruno pode guiar a Lotus na próxima temporada. Mesma Lotus do início da carreira do tio.

Lucas Di Grassi – Tem problema semelhante ao de Bruno Senna. O seu carro, a Virgin, atrapalha muito seu desempenho. Leva vantagem em relação a Bruno no número de provas completadas nesta temporada: sete. Mas o desempenho é tão fraco quanto. Melhor posição: 14º lugar na Malásia. A próxima temporada ainda é uma incerteza.

Rubens Barrichello – Faz 17 anos que está na Fórmula 1. É o único entre os listados que chegou a correr junto com Ayrton Senna. É o recordista mundial de GPs disputados na categoria – mais de 300. Chegou perto: Foi duas vezes vice-campeão da categoria. Porém, nas duas vezes tinha como companheiro de equipe na Ferrari o mito alemão Michael Schumacher. Em 2009 chegou a sonhar com o título quando guiou o bom carro da Brawn GP, mas terminou a temporada em 3º lugar. Currículo invejável, mas que não chega perto de Senna.

Felipe Massa – Pode-se dizer que foi o piloto em que os brasileiros depositaram mais esperanças em ver o Brasil novamente campeão mundial de Fórmula 1. Começou sua carreira na Sauber, em 2006, e sempre demonstrou uma grande agressividade no modo de dirigir. Em 2008, já na Ferrari, chegou a ser campeão por alguns segundos. Isso porque o brasileiro cruzou a linha de chegada em primeiro no último GP da temporada, no Brasil, e seu rival na luta pelo título, Lewis Hamilton estava perdendo o troféu. Entretanto, o britânico ultrapassou Timo Glock e reconquistou o título por apenas um ponto.


int(1)

Primeiro título de Ayrton Senna completa 22 anos