Cerca de 45 mil pessoas, das 50 mil desalojadas, retornaram neste fim de semana a suas casas depois de analistas determinarem o fim do risco iminente de erupção do vulcão Mayon, cerca de 360 quilômetros ao sul de Manila, informaram hoje fontes oficiais.

O governador da província de Albay, Joey Salceda, indicou que os afetados voltam a seus lares com 15 quilos de arroz e 1.400 pesos (US$ 30,1), e os agricultores terão acesso a um fundo de ajuda para reabilitar seus campos, segundo a emissora de TV GMA. Salceda disse que apenas 2.322 pessoas continuam nos centros de amparo habilitados há 21 dias.

O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia reduziu no sábado de 4 para 3 o nível de alerta em torno do Mayon, o que permite o retorno de todos os que residem a mais de seis quilômetros de raio da cratera.
A retirada em massa dos moradores começou em 20 de dezembro, quando os vulcanólogos elevaram o alerta à categoria 4, de um máximo de 5, que anuncia uma erupção iminente.

Depois de mais de dez dias de explosões, colunas de fumaça, rios de lava e chuva de cinzas, este vulcão de 2.464 metros de altura diminuiu sua atividade.

A última explosão do Mayon foi em 2006 e não causou mortes, mas deixou um grande acúmulo de resíduos que depois um tufão e chuvas torrenciais transformaram em rios de barro que mataram 1,3 mil pessoas na cidade de Legazpi e arredores.

Ele é considerado um dos vulcões mais ativos e belos das Filipinas, e atrai centenas de turistas todos os anos. A pior de suas 45 erupções conhecidas aconteceu em 1814, quando matou cerca de 1.200 pessoas e enterrou a cidade de Cagsawa, conhecida desde então como a “Pompéia filipina”.

Equador

O vulcão Tungurahua, no centro andino de Equador e cujo atual processo de erupção começou em 1999, registrou nos últimos dias um aumento de sua atividade sísmica, após quase seis meses de relativa calma, informou hoje o Instituto Geofísico (IG) da Escola Politécnica Nacional.

Um último relatório do IG assinala que “depois de vários meses de atividade sísmica muito baixa e relacionada unicamente com eventos de fratura de rochas, nos últimos três dias foram registrados eventos relacionados com movimentos de fluidos internos. Pelo número e energia dos eventos recentes, o nível de atividade pode ainda ser considerado baixo; no entanto, mostra uma clara tendência ascendente nos últimos dias”, diz o informativo do Instituto.

Além disso, assinala que ocorreram emissões de vapor de água, em forma de nuvens, com quantidades moderadas de cinzas, que por efeito do vento se dirigiram em direção ao norte e ao sudoeste da montanha.
Um desses fragmentos alcançou uma altura de um quilômetro sobre a cratera e caiu na localidade do Manzano, ao sudoeste, nesta manhã.

Os cientistas do IG, que vigiam a montanha, esperam leves quedas de cinzas nos arredores do vulcão, sobretudo na região ocidental.
Além disso, moradores das proximidades do vulcão escutaram rugidos.

O Tungurahua, de 5.016 metros de altitude e situado a 135 quilômetros ao sul de Quito, é um dos mais ativos do Equador, país que conta com mais de 50 vulcões em toda a cordilheira andina.


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Ameaça de vulcão mobiliza Filipinas e Equador