Perto de entrar para a história do país. Essa é a atual situação da piloto brasileira Bia Figueiredo, que, no próximo fim de semana, vai se tornar a primeira mulher do país a comandar um carro de Fórmula Indy.

No comando do carro da Dreyer & Reinbold, Bia Figueiredo só tem garantida a prova do Brasil, que será disputada na cidade de São Paulo. O futuro da brasileira será decidido após a corrida no país.

 

Mas, para chegar até essa marca, o caminho de Bia Figueiredo foi muito tortuoso. Condições ruins e machismo foram apenas alguns dos obstáculos colocados na trajetória da brasileira. Confira a entrevista exclusiva da nossa representante feminina na Indy ao VirgulaEsporte:

 

VirgulaEsporte: Bia, como foi para você superar todos esses obstáculos criados pelo machismo no automobilismo?

 

Bia: Determinação. Acho que a palavra ideal do que foi necessário para eu superar todas as dificuldades foi essa. Além disso, eu tive sorte de escolher as pessoas certas para estarem ao meu lado. Pessoas que me passaram tranquilidade, como o André Ribeiro (empresário de Bia).

 

VirgulaEsporte: Como foi para você morar na Europa em 2007?

 

Bia: Foi um verdadeiro teste imposto pelos meus empresários. Eles me colocaram nas piores condições possíveis para que eu pudesse superar todas as dificuldades. Isso me fez amadurecer muito. Depois consegui ir para os Estados Unidos, e lá eles dão mais liberdade.

 

VirgulaEsporte: Muitos pilotos têm como objetivo a Fórmula 1. Você pensa nisso?

 

Bia: Não, com certeza, não. Meu foco principal e a prioridade no momento é a Fórmula Indy.

 

VirgulaEsporte: Quem são seus ídolos?

 

Bia: O Senna, sem dúvida nenhuma. Mas eu também respeito muito o trabalho feito pelo Emerson Fittipaldi, André Ribeiro e pelo Schumacher.

 

VirgulaEsporte: Neste fim de semana, você estreia na Fórmula Indy. Quais são as suas expectativas?

 

Bia: Estou focada em fazer o meu melhor na pista. Espero me adaptar a pista, mas só saberemos como vamos estar no fim de semana.

 

VirgulaEsporte: Seu contrato é apenas para essa corrida. Acredita que o resultado pode mudar o seu futuro?

 

Bia: Um bom resultado ajuda no futuro de qualquer piloto, mas estou tranquila e não vou fazer pressão para seguir na equipe no restante da temporada.

 

VirgulaEsporte: O que acha da iniciativa de São Paulo, que será a primeira cidade do mundo a receber a Fórmula Indy e a Fórmula 1?

 

Bia: Fantástico. Não tem outra palavra para justificar essa iniciativa grandiosa de São Paulo.


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Após combater machismo, Bia Figueiredo se torna primeira mulher brasileira na Indy