As atividades do acelerador de partículas do Laboratório Europeu de Física Nuclear (Cern), que voltou a ser ligado há 12 dias, transcorrem sem inconvenientes, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz James Gillies, que desmentiu qualquer problema de segurança.

“Sabemos que o acelerador é perfeitamente seguro para operar com a energia prevista para os próximos dois anos”, assegurou Gillies. “Começamos o ciclo de funcionamento mais longo do LHC”, destacou.
Espera-se que daqui a duas semanas o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) atinja a energia necessária para começar as colisões de prótons em um túnel circular de 27 quilômetros construído a 100 metros abaixo da terra.

Quando a energia de sete teraeletronvolts (TeV) tiver sido alcançada, o acelerador se manterá funcionando a essa potência entre 18 e 24 meses, “o que oferecerá um grande potencial para novas descobertas”, afirmou o porta-voz.

Gillies apontou que os cientistas do CERN são conscientes de que existem “problemas com algumas das conexões elétricas”, e que por isso haverá revisões gerais antes que o sistema alcance sua energia máxima, o que deve acontecer em 2013. “Se queremos fazer o acelerador funcionar sem riscos de danos, temos que fazer algumas remodelações”, declarou Gillies.

O LHC teve problemas em algumas de suas conexões em 2008, a poucos dias de começar a funcionar pela primeira vez, o que levou ao seu desligamento durante 14 meses e a gastos de mais de 20 milhões de euros.

 


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Cern desmente problemas de segurança em acelerador de partículas