Os clubes da primeira divisão do futebol italiano pediram ao Governo do país um encontro “urgente” por discordarem da nova normativa aprovada pela federação de futebol da Itália (FIGC) que permite a contratação de apenas um jogador extracomunitário (sem passaporte europeu) por equipe.

Em comunicado divulgado após assembleia realizada hoje em Milão, os representantes da primeira divisão italiana asseguraram que não comparecerão amanhã à reunião do Conselho Federativo da FIGC em protesto contra a medida.

A norma sobre os extracomunitários foi “adotada fora de hora e diante as dificuldades do futebol nacional, mortificado pela eliminação da Copa do Mundo e da exclusão de nosso país da organização dos próximos grandes eventos futebolísticos internacionais”, diz a nota.

“Trata-se de uma escolha equivocada no mérito e no tempo, adotada com o mercado já aberto, sem levar em conta os compromissos adotados pelos clubes, que são expostos ao risco de não poder corresponder aos clubes com os quais negociaram a transferência de atletas”, prossegue o texto.

No último dia 2, com o mercado de contratações já aberto, a FIGC determinou que os clubes italianos poderão contratar para a próxima temporada apenas um jogador extracomunitário oriundo de uma liga estrangeira sempre que este substitua outro jogador sem passaporte europeu que deixe o futebol italiano.

Antes, os clubes italianos podiam contratar dois jogadores extracomunitários por temporada no mesmo sistema de transferência.

Os clubes da primeira divisão italiana consideram “muito grave” a decisão porque foi adotada, segundo eles, sem discussão prévia e votada pelo Conselho Federativo da FIGC contra o parecer do “único componente interessado no assunto”.

“Se confirmou assim de maneira evidente que as atuais regras de funcionamento não levam em consideração o papel central dos clubes da primeira divisão no futebol italiano”, apontam no comunicado os clubes, que contam com apenas três representantes no Conselho Federativo da FIGC.

Segundo os clubes, a primeira divisão representa a “máxima expressão, esportiva e econômica” do futebol na Itália e por isso seus integrantes têm que ter uma maior representação e participação nas decisões da FIGC.


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Clubes italianos querem discutir regra para extracomunitários com Governo