A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, assinou na quinta-feira (7) um decreto no qual exonera o presidente do Banco Central (BC), Martín Redrado, por sua recusa em usar reservas monetárias para pagar dívidas soberanas, informaram fontes oficiais.

O decreto, assinado por vários ministros, além de demitir Redrado “por má conduta” e “descumprimento dos seus deveres”, pede à Procuradoria do Estado que ele seja denunciado por supostas irregularidades cometidas.

Formalmente, o decreto de Fernández entra em vigor nesta sexta (8), a partir da publicação no Diário Oficial.

Redrado, que tinha ratificado a decisão de permanecer à frente do BC, diz que sua exoneração deve ser decidida pelo Parlamento, por mais que sua nomeação tenha sido proposta pelo Executivo.

Para tratar da recusa de Redrado em renunciar, cinco dos dez membros da direção do Banco Central, todos eles fiéis ao Governo de Crisitna, realizaram uma reunião cuja validade foi refutada pelo titular do instituto emissor.

As diferenças entre Redrado e o Executivo começaram em dezembro, quando um decreto presidencial criou o Fundo do Bicentenário, onde deveriam ser depositados US$ 6,569 bilhões para o pagamento de dívidas soberanas que vencem este ano. No entanto, Redrado se negou a abrir a conta bancária para o funcionamento do fundo.


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Cristina Fernández exonera presidente do BC argentino

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