Os organizadores do Fórum Econômico Mundial prometeram ajudar a redesenhar não só o sistema financeiro na reunião que começou nesta quarta-feira em Davos, na Suiça, mas também colaborar, a sua maneira, no combate à mudança climática.

A tradicional reunião que reúne todos os anos milhares de políticos, banqueiros e milionários quer ser “mais verde” este ano, como diz o adesivo colocado em vários pontos das instalações onde acontece a reunião de cinco dias, nos veículos que transportam os participantes e até nos ônibus urbanos desta localidade suíça.

Se em edições anteriores os veículos 4×4 pretos se destacavam nas ruas nevadas de Davos, assim como as limusines de vidros escuros, desta vez só são utilizados carros que emitam menos de 230 gramas de CO2 por quilômetro para transferir os convidados.

Os organizadores da reunião montaram controles nas ruas que levam ao centro de congressos, onde os veículos recebem o adesivo de “Davos mais verde” se cumprirem esse critério, e um adesivo laranja se não fazem isso.

No entanto, o alcance da medida parece pouco mais que simbólico, já que todos os veículos de distribuição de material, assim como aqueles com placas diplomáticas e alguns outros estão isentos de cumpri-la.

Também não foram afetados, como é natural, os helicópteros que transferem estes dias os políticos, empresários e banqueiros que chegam a Davos a partir do aeroporto de Zurique.

Os participantes mais “comuns” são incentivados a utilizar em seus deslocamentos pela cidade o transporte público ou as dezenas de caminhonetes que fazem ligação entre diversos pontos e o centro de congressos.

Para os jornalistas, que precisam se deslocar ao longo do dia várias vezes a partir do novo centro de imprensa, instalado este ano a cerca de 500 metros do lugar da reunião, o Fórum trouxe aproximadamente dez carrinhos de golfe elétricos.


int(1)

Davos "verde" aposta em veículos menos poluentes