“Machão sim, machista não”. Era assim que o “rude” Jece Valadão se definia. O ator, produtor e diretor, que nasceu em 1930 em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, completaria 80 anos neste sábado (24). Ícone da masculinidade brasileira, o ator ganhou fama de cafajeste depois de interpretar o malandro Jandir no clássico filme de Ruy Guerra.

Os Cafajestes (1962) causou escândalo no país pelo primeiro nu frontal feminino feito por Norma Bengell e colocou o jovem ator em contato com a turma do Cinema Novo que realizaria nessa mesma década uma revolução cinematográfica sem igual no Brasil.

Casou-se 6 vezes e teve 9 filhos. Faleceu no dia 27 de novembro de 2006, em São Paulo, aos 76 anos, vítima de arritmia cardíaca em conseqüência de problemas renais.

Pensamento vivo de Jece Valadão:

Sobre ser macho: “Antes, conquistar uma mulher por dia era importante. Hoje, conquistar a mesma mulher todos os dias é o que vale. Continuo machão, impondo minhas regras. Não sou machista, que usa a mulher como objeto de manipulação. Hoje, se uma mulher me pedir, não bato nela. A não ser que ela implore, porque aí é fazer a vontade dela”.

Sobre homem chorar: “Meu pai morreu com 90 anos. Minha mãe, com 98. Meu pai completaria dia três de outubro 100 anos [em 2005]. Chorei sozinho. Continuo achando que homem não deve usar brinco. Mas chorar, deve’.

Sobre os metrossexuais: “Não tenho nada contra, mas considero uma agressão. Deus fez o homem para ser homem. O metrossexual não é outra coisa senão a falta de coragem de o homem assumir a feminilidade”.

Sobre os papéis no cinema, no teatro e na TV: “A única vez que fiz mocinho me arrependi amargamente. Todos os personagens que fiz não são mocinhos nem galãs”.

Sobre a persona: “Se eu já fiz algum bicheiro [no cinema, tv, teatro]? Acho que eu só fiz bicheiro em toda a minha vida”.

 

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Jece Valadão, o grande machão brasileiro, completaria 80 anos neste sábado