O ministro das Relações Exteriores do governo de fato de Honduras, Carlos López, afirmou nesta quinta-feira (10) que o pedido de salvo-conduto feito pelo México para que o líder deposto, Manuel Zelaya, pudesse viajar ao país foi negado, mas disse que a possibilidade do documento ser concedido “segue em aberto”.

O governo hondurenho “negou (o salvo-conduto) pela forma como foi feita a solicitação e pela falta de qualificação jurídica do tipo de asilo que lhe pretendiam conceder”, explicou López à imprensa local.

O ministro também não quis entrar em detalhes sobre os termos da solicitação mexicana. “Não quero me estender sobre esse tema porque diz respeito à relação bilateral entre os dois países. Posso dizer apenas que o pedido não reunia as condições apropriadas”, justificou.

Em declarações à rede de televisão americana CNN, o ministro do Interior de Honduras, Óscar Matute, disse que o México entrou “com um pedido de salvo-conduto, mas não explicou em que condição o quer receber”.

López, por sua vez, confirmou que o governo mexicano enviou um avião para transportar Zelaya e sua família, mas sua rota foi desviada para El Salvador em última hora.

O governo de fato também havia oferecido um avião, mas “quando estavam sendo analisados os documentos houve o impasse”, afirmou.

“Isso não representa uma situação final por parte do governo, estamos dispostos a examinar (a solicitação) sempre e quando, claro, forem cumpridos os devidos requisitos”, concluiu.

Já de acordo com Manuel Zelaya, o governo hondurenho de fato “abortou o processo que estava sendo promovido pelo México”. Segundo o presidente deposto, o governo de fato exigiu sua renúncia ao cargo de líder para que pudesse deixar o país.


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