Para incentivar a leitura, além do bom conteúdo, o fato de o livro ser novo, moderno, pode ajudar. Apostando nisso, a Secretaria de Educação da capital fluminense quer ampliar as bibliotecas das escolas e creches junto com os alunos. E deu para cada uma das mais de mil unidades R$ 550 para gastar na Bienal do Livro.

Os livros devem ser escolhidos durante visita das escolas ao evento, que começou hoje (10). No passeio, os cerca de 31 mil estudantes da rede também vão poder levar livros para casa. É que o ingresso de R$ 4,50 será revertido para a compra de materiais nos estandes da feira, que só termina no próximo dia 20.

Com o incentivo para a criação de bibliotecas e com a visita dos estudantes à bienal, o que inclui também o transporte e um lanche, o governo municipal investe cerca de R$ 865 mil. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, o objetivo é elevar a qualidade do ensino nas escolas públicas e tentar equiparar o nível de leitura ao das escolas privadas.

“A rede municipal quer ser padrão nisso [leitura]. Quer andar à frente das escolas de mais alto nível”, afirmou o prefeito. No evento, Paes também anunciou que as 204 escolas com deficientes visuais vão ganhar um acervo especializado, contendo cinco audiolivros, mais cinco livros em braile. Até hoje, nenhuma dessas escolas tinha uma biblioteca adequada.

A secretária de Educação, Claudia Costin, acrescentou que ao facilitar a aquisição de livros pelas escolas, além da compra normal, as instituições têm mais autonomia para escolher um material ligado à sua realidade.

“O mais importante é que são livros atuais, bonitos, modernos. Não é porque a criança está em uma escola pública que qualquer livro serve”, destacou. “E a escola sabe com que tipo de criança trabalha. Assim, pode escolher temáticas específicas, de acordo com a faixa etária. E o professor pensa em como usar a leitura da melhor forma.”

A secretária lembra que um projeto de incentivo à leitura entre os professores doa, a cada trimestre, dois livros de literatura para cada um dos docentes. Os livros são escolhidos por votação. As medidas fazem parte do plano Rio, uma cidade de leitores, que tem as iniciativas acompanhadas por uma comissão da sociedade.


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Alunos da rede municipal do Rio ganham dinheiro para compra de livros na bienal