Maria Beatriz Sarney, a neta de José Sarney (PMDB-AP), ocupou durante dois anos um cargo de confiança no gabinete da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Maria Beatriz ainda era estudante de Direito, mas já recebia um salário superior a R$ 6 mil.

Na época, o STJ não exigia nível superior dos ocupantes de cargos por indicação política. A neta de Sarney trabalhou como assessora internacional do STJ entre 2004 e 2006.

Maria Beatriz foi nomeada pelo então presidente do STJ, Edson Vidigal, que por sua vez foi nomeado por José Sarney. Na época, Vidigal era aliado de Sarney, mas hoje faz campanha contra o presidente do Senado.

No tempo em que trabalhou no STJ, Maria Beatriz teve diárias pagas em duas viagens internacionais no período (para os Estados Unidos e Austrália) e teve seu nome incluído por Vidigal em uma lista de homenagens aos servidores com “elevado espírito público, competência, presteza e iniciativa”.

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou trechos das interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Boi Barrica, que investiga irregularidades nos negócios da família Sarney. Em uma das gravações, Maria Beatriz conversa com o pai, Fernando Sarney, e trata sobre a indicação de seu namorado para um cargo público.


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Antigo aliado deu emprego para neta de Sarney no STJ

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