O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta-feira, no México, que “é possível” um mundo livre de armas nucleares.

Ao abrir a 62ª Conferência da ONU sobre o desarmamento, Ban também pediu aos governos que se esforcem mais em prol deste objetivo.

“Muitas das armas continuam estando a ponto de ser ativadas”, disse o secretário-geral, referindo-se a algumas das mais de 20 mil armas nucleares que ainda existem no mundo. O diplomata destacou ainda que as armas nucleares “representam uma ameaça à existência da humanidade”, assim como as convencionais.

Na América Latina, uma zona livre de armas nucleares desde 1968, Ban lembrou que a violência derivada do uso de armas leves “é a primeira causa de morte entre civis”.

Para o secretário-geral, “o desarmamento está de novo na agenda global” e conseguir um mundo sem armas nucleares “não é uma meta pouco realista”.

O diplomata também aplaudiu “o entendimento dos líderes mundiais que discutem a possibilidade de contar com um esquema de desarmamento novo antes do vencimento do Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) em dezembro”.

A abertura da reunião, que atraiu mais de mil participantes de 70 países, aconteceu no antigo convento de Santo Hipólito, no centro histórico da capital mexicana. No mesmo local, daqui a dois dias, será lida a declaração final da conferência.


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Ban Ki-moon defende mundo livre de armas nucleares