Agência Brasil – A secretária do Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Maria Paula Bucci, afirmou que o bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) ajudam a elevar a qualidade dos cursos universitários do país. Em entrevista concedida à Agência Brasil, ela disse que estudos feitos por meio do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) demonstram que o desempenho desses estudantes ajuda a qualificar as faculdades em que eles estudam.


 


“Como o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] é critério obrigatório de ingresso no ProUni e eles têm que ter uma pontuação elevada, os bolsistas já entram qualificando os cursos”, disse ela. De acordo com Maria Paula, reitores de universidades que aderiram ao programa relatam que os alunos bolsistas mudam a dinâmica da universidade: eles usam mais as bibliotecas assim como aproveitam mais o que a universidade oferece aos seus estudantes. “Hoje, se você compara a média dos alunos do Prouni e dos alunos fora do ProUni no Enade, os alunos do Prouni são melhores”, disse.


“Você tem que ter 75% de aproveitamento para manter a bolsa”, complementou a bolsista recém-formada, Camila Correia dos Santos, 25 anos, citando um dos motivos do empenho. “Se você não se esforçar, perde.” Os levantamentos realizados com os estudantes revelam que a dedicação dos bolsistas ao estudos é maior justamente pela importância do Ensino Superior para eles. A pesquisa realizada pela doutoranda em Educação Fabiana Costa com alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) mostra que, 93,7% dos bolsistas do programa são os primeiros membros de suas famílias a cursar uma faculdade, enquanto só 33% dos não-bolsistas estão nesta situação.


 


Segundo o estudo, 12,8% dos pais dos bolsistas não concluem sequer o Ensino Fundamental e 51,1% só estudaram até a 4ª série. Já entre os não bolsistas, 0,4% dos pais não concluiram o Ensino Fundamental e 4,2% deixaram a escola depois após concluí-lo.


Já quanto a renda dos estudantes, 31,7% dos bolsistas têm renda familiar de até três salário mínimos, enquanto só 6,7% dos não-bolsistas estão nesta condição. Já entre os que têm renda familiar superior a dez salários mínimos, os bolsistas são 20% enquanto os não-bolsistas, 67,9%. Só 26,2% dos bolsistas do programa não trabalham e 12,3% são o principal mantenedor de sua família. Entre os não bolsistas, 46,9% não trabalham e 1,9% sustentam a família.

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Bolsistas do ProUni elevam qualidade e mudam perfil do ensino superior