Ativistas do Greenpeace realizaram hoje (27) de manhã manifestação ao lado do Palácio Itamaraty. Os manifestantes entraram no espelho d’água em frente à sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e estenderam uma faixa de 15 metros de comprimento, na qual estavam expostas 108 petições com a bandeira de cada um dos estados brasileiros.

O objetivo da manifestação foi entregar ao MRE 77 mil petições para cobrar que o Brasil assuma sua responsabilidade no controle do aquecimento global. Os ativistas também seguravam pequenas faixas com as frases: “Lula, não estamos pedindo muito” e “É só salvar o planeta”.

O coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, João Talocchi, enfatizou que espera que o governo brasileiro tenha na 15ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Copenhague (Dinamarca), empenho semelhante ao apresentado nas negociações para sediar a Copa de 2014 e na defesa do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.

“O Brasil deve assumir um papel de liderança em Copenhangue, assim como fez com a Copa e com as Olimpíadas”, disse. A reunião ONU será realizada em dezembro.

Talocchi ressaltou que as negociações referentes a metas de desmatamento ainda são insuficientes. A ideia do governo é reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020. Para o coordenador, o ideal é que o desmatamento chegue a zero. “Nós cobramos do governo o desmatamento zero. Nós temos que construir uma economia de baixo carbono para o Brasil”.

O representante do Itamaraty André Odenbreit recebeu as petições e garantiu que todas serão analisadas e discutidas. Odenbreit ressaltou a importância do envolvimento da sociedade nas questões ambientais. “Nós vamos levar em conta as informações e esperamos que o envolvimento da sociedade continue.”

A coordenadora de mobilização da campanha do Greenpeace, Grabriela Vuolo, informou que as manifestações devem ocorrer de maneira esporádica e em locais ainda não definidos até o final do ano. “Vamos continuar fazendo pressão até que saia um acordo bom.”


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Brasil deve assumir liderança em Copenhague, defende ativista do Greenpeace