O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve manter a taxa de juros em 8,75% na reunião desta noite. Com isso, o Brasil irá retomar à vice-liderança do ranking mundial de juros reais. Neste caso, descontada a inflação, a taxa real ficará em 4,2% ao ano, ficando apenas atrás da China, com 5,8%.

O ranking é elaborado pela consultoria UpTrend e leva em consideração as 40 maiores economias do mundo. A média geral de juros reais dos países pesquisados ficou em 0,7%, sendo que em nove nações o juro chega a ser negativo.

Quanto maior a taxa de juros reais, melhor é a remuneração dos investimentos de estrangeiros em um país. Com isso, existe uma grande entrada de dólares no país, o que leva a derrubar a cotação da moeda americana. Para tentar conter esse movimento, o governo decidiu taxar os investimentos externos em 2%.

“Mesmo sem mexer na Selic, o Brasil acaba subindo no ranking. Isso acontece pois a inflação começa a subir em outros países e em alguns ainda acontece corte das taxas de juros”, disse Jason Freitas Vieira, economista-chefe da UpTrend.

A Indonésia tem a terceira colocação no ranking, com juro real de 4%, seguida da Malásia, com 3,7% e da Argentina, com 3,1%. Dessa taxa, desconta-se a inflação projetada para os 12 meses seguintes. Assim, se a taxa básica está estável e a inflação recua, os juros sobem.

No caso da Rússia, os juros são negativos em 0,1%, enquanto na Índia a taxa é de -7,4%. Estes países estão com inflação alta, acima das taxas de juros de referência.


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Brasil voltará ao segundo lugar no ranking de juros reais

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