A partir desta sexta-feira, Porto Alegre deve se tornar a capital do rock do país, pelo menos até domingo. É que começa hoje o Coca-Cola Parc, festival que vai preencher o final de semana dos gaúchos com shows de bandas gringas e nacionais, mostra de cinema focada em rock, concurso de bandas novas, Mercado Mundo Mix e um sacado palco apenas para menores de idade.

Entre os artitas que se apresentam no Coca-Cola estão desde nomes manjados – pra vender ingresso – como Pitty, Fresno, Gloria e Cachorro Grande, até bandas que estão pipocando agora no cenário internacional, como os escoceses do The View e o trio parisiense The Teenagers, que caiu nas graças do povo da moda. Os shows do Coca-Cola Parc rolam de hoje a domingo, numa área gigantesca montada ao lado do shopping Praia de Belas (o passaporte para os três dias custa amigos R$ 40). Ali mesmo na área do festival acontece a minimostra Rock Cinema, onde serão exibidos desde clássicos da cinemateca musical (como Neil Young – Heart of Gold, Stop Making Sense, do Talking Heads, e Ritmo Alucinante, documentário sobre o Hollywood Rock de 1975, até filmes recentes, como Shine a Light (Rolling Stones), Control (Joy Division) e Guidable – A Verdadeira História do Ratos de Porão, que estreia nacionalmente no Coca-Cola Parc.

Hoje logo mais à noite rola a parte balada do festival, o Kidults, circuito de shows espalhado por diferentes bares e clubes da cidade. No total, serão cinco palcos (nos bares/clubes Cabaret do Beco, Long Play, Barbazul, Ox e Cult), por onde passarão atrações tão diversas quanto a banda Vanguart, a dupla americana Matt & Kim, o roqueiro/funkeiro Edu K, o jornalista Lúcio Ribeiro e as bandas Pata de Elefante e Copacabana Club, entre várias outras atrações. Paga-se um preço fixo (R$ 30) para ter acesso aos cinco palcos, e o transporte de um clube para o outro será feito com serviço de vans.

Paralelamente à programação de shows e baladas, acontece na Fundação Iberê Camargo (aliás, só a visita ao edifício da fundação já valeria a pena) a Indústria Criativa, conjuntos de debates com profissionais da indústria do entretenimento que teve início ontem à tarde.

As representantes da ONU Ana Carla Fonseca Reis e Lala Deheinzelin abriram os trabalhos falando (muito bem) sobre o futuro das profissões ligadas à indústria do entretenimento, a chamada economia criativa. Em seguida, foi a vez do produtor Miranda, do músico Frank Jorge, da Universidade do Rock, e de Pablo Capile, da Assossiação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin) falarem sobre suas experiências no mundo da música. Uma aula que só terminou, às 21h, porque a fundação tinha que fechar suas portas.

Hoje, a Indústria Criativa foca em música, tecnologia e comunicação, e entre os palestrantes estão o jornalista Alexandre Matias e Ronaldo Lemos, do Creative Commons. Amanhã, os bate-papos terão como tema música e sociedade, debate que esta que vos escreve mediará, com a participação do produtor Pena Schmidt e Benjamin Taubkin, do Núcleo Contemporâneo de Música.

A programação completa do Coca-Cola Parc está no site http://www.cocacolapark.com.br/


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Coca-Cola Parc quer transformar Porto Alegre em capital do rock