Mesmo com o otimismo maior sobre o futuro da economia brasileira, o Banco Central avalia que o crédito ao consumidor ainda não se recuperou totalmente do período da crise do final do ano passado. De acordo com dados da autoridade monetária, os brasileiros tomaram emprestado R$ 54 milhões em operações desse tipo ao dia em agosto, o que representa 16,9% a menos do que no mesmo mês de 2008.

O levantamento, publicado na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que  o único segmento de crédito ao consumidor que ainda ao teve recuperação é o de financiamento na própria loja. Por exemplo, na comparação anual, o crédito pessoal teve crescimento de 21,2% e o financiamento de veículos, de 37,9%.

Apesar de tudo, não há um aumento real nas concessões de novos empréstimos. Nos documentos divulgados recentemente pelo BC, os prazos maiores para financiamentos não são apontados como problema e sim como um dos motivos para manter a demanda interna durante a crise internacional.

A alta taxa de juros é apontada como principal motivo para os financiamentos direto nas lojas ainda não terem se recuperado. Em agosto passado, a taxa era de 45,7% ao ano, sendo a segunda linha crédito pessoal mais cara do mercado, perdendo apenas para o cheque especial. Mas, o levantamento não levou em conta os juros do cartão de crédito.


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Crédito ao consumidor ainda não se recuperou, diz BC

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