Apesar da crise econômica, as famílias brasileiras não altearam seus hábitos de consumo de alimentos de bebidas neste período. A constatação é de um levantamento da LatinPanel. De acordo com a pesquisa, o volume de compras de bens não duráveis subiu 14%, sendo que em valor o gasto foi 19% na comparação do primeiro semestre de 2009 e 2008.

Um dos destaques foi o aumento do consumo de produtos como achocolatado em pó, caldo, iogurte, leite longa vida e salgadinho nas famílias de menor renda (das classes D e E).  O que chama a atenção é que esse movimento contraria o que normalmente acontece em épocas de aperto econômico, quando os produtos básicos ganham força.

“Foi o melhor primeiro semestre para esses produtos desde 2006 em termos de taxa de crescimento anual”,  afirmou a diretora comercial da LatinPanel e responsável pela pesquisa, Christine Pereira, em reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo. A enquete consulta semanalmente 8,2 mil domicílios para avaliar as compras de mais de 70 categorias de produtos, o que representa 91% do potencial de consumo domiciliar do País.

Para a diretora, há uma tendência de um consumo maior de produtos dentro de casa, por situações como a lei seca e a gripe suína. Segundo ela, a lei antifumo, de São Paulo, deve intensificar essa tendência nos próximos meses.


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Crise não afetou consumo de alimentos e bebidas, diz pesquisa