Um dia depois de conquistar, por antecipação, a medalha de ouro no Mundial da Juventude, encerrado nesta sexta-feira, em Búzios, a velejadora Martine Grael, de 18 anos, estava ‘estressada’. A filha caçula de Torben Grael, um dos maiores velejadores do país, e que conquistou em junho o título da volta ao mundo, gostou do êxito. Mas se cansou do assédio da imprensa. Especialmente das inevitáveis perguntas sobre o apoio que recebe do pai famoso, seu maior “herói”.

Velejadora desde que ‘nasceu’ como diz, Martine ‘respira’ de fato iatismo. Cresceu em um ambiente totalmente náutico. “Em casa, iatismo é assunto no café da manhã”, costuma dizer. Além do pai, a mãe, Andrea, e o irmão mais velho, Marco, um dos tripulantes do veleiro campeão da Semana de Vela de Ilhabela,  Loyal/Red Nose, no início de julho, também velejam.

Ainda no hotel em Búzios, Martine, que conquistou a medalha de ouro ao lado de Kahena Kunze, na classe 420, falou:

Este foi o título mais importante que você já conquistou?
– Sim.

E agora, quais os planos?
– Vou começar em agosto o curso de Engenharia Ambiental. Mas não quero parar de competir. Mas ainda está tudo muito nebuloso sobre o que vou de fato fazer e com quem vou velejar.

Você pretende concorrer à uma vaga na equipe que representará o Brasil nas Olimpíadas de Londres, em 2012?
– Sim, esse é o sonho. Mas não quero falar sobre isso ainda porque não sei como será nem mesmo quem poderá ser minha parceira até lá, nem em que classe vou competir.

Quem são atualmente suas parceiras na vela?
– Velejo na 420 com a Daniela Adler, mas ela já tem mais de 18 e não pôde competir no Mundial da Juventude. Então chamei a Kahena. Mas foi com a Daniela que conquistei a vaga para o Mundial, em 2008.

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