Mudança climática: aquecimento global é apenas o começo. A temperatura da Terra aumentou pelo menos 0,7ºC no último século. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para iniciar o processo de derretimento de geleiras nos polos. As mudanças ainda causam a formação de poderosos furacões, inundações em um ponto e seca em outro, o que pode tornar a agricultura inviável nesses locais. Ambientalistas e cientistas apontam que o furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca na Amazônia em 2005, são apenas alguns indícios das mudanças climáticas em curso no mundo.

Permafrost: o aumento do nível dos mares é a parte mais visível do derretimento de grandes geleiras. Milhões de pessoas que moraram em regiões costeiras teriam que migrar para o interior dos continentes, gerando sérios problemas humanitários. Mas uma questão ainda não muito divulgada é o derretimento de uma camada de gelo na Sibéria, chamada permafrost. Essa camada prende uma grande quantidade de metano, um gás de efeito estufa muito mais potente que o CO2. O medo de cientistas é que a liberação desse gás vá aumentar o efeito estufa, que vai provocar mais derretimento e liberar ainda mais gás, num círculo vicioso infernal.

Energias alternativas: combustíveis derivados do petróleo são muito poluentes. A queima resulta em dióxido de carbono na atmosfera e, por consequência, em efeito estufa, aquecimento global e todos os problemas relacionados. A busca por energias alternativas, renováveis e limpas, é uma questão de sobrevivência para a humanidade pois, além do mais, já sabemos que as reservas de petróleo vão acabar em algumas décadas. Energia solar, eólica (vento) e hidrelétrica são algumas delas. Temos visto, também, carros movidos a hidrogênio, que emitem apenas vapor de água como resíduo. Precisamos de algo eficiente e barato, que possa substituir o petróleo como uma fonte de energia economicamente viável. Invariavelmente, a pressão ambiental vai acelerar esse processo.

Pesca predatória nos oceanos: a vida marinha é especialmente sensível ao aquecimento global, mas um outro problema muito grave é a pesca predatória. Estamos consumindo mais do que os oceanos estão repondo. Nesse ritmo, cientistas alertam que, até 2050, não teremos mais peixes para pescar. Exigir um certificado de sustentabilidade do supermercado ou do restaurante que vendem peixes, para saber qual é a procedência, é uma das formas de ajudar os oceanos. 

Falta de água: o problema aqui é o acesso à água potável. Relatórios da ONU apontam que que 80% das doenças em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento está relacionado a esse problema. A estimativa é que mais de 3 bilhões de pessoas vão sofrer com a escassez de água potável até 2025. Por isso a necessidade de economizar esse recurso.

Pegada de carbono e neutralização do carbono: o carbon footprint é a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que produzimos em nossas atividades diárias. Quando você bebe uma latinha de refrigerante, CO2 foi liberado durante seu processo de fabricação. Quando uma pessoa dirige seu carro, lá está o CO2 saindo do escapamento. Diminuir o consumo de embalagens, de energia elétrica na sua casa e usar menos o carro são algumas maneiras para diminuir sua pega de carbono. Para neutralizar o restante, a maneira mais básica é plantando árvores ou, então, comprando certificados de emissão que financiam, por exemplo, projetos de reflorestamento e aumento da eficiência energética de fábricas.

Rótulo de carbono: algumas empresas já colocam informações sobre a pegada de carbono de seus produtos e as medidas adotadas para minimizar ou neutralizar as emissões. Ideal para consumidores conscientes que querem monitorar sua própria pegada.

Reciclagem: o ideal seria consumir menos embalagens, já que nossos recursos naturais não são suficientes para o ritmo de consumo da humanidade. Uma atitude simples é levar sacolas de lona para o supermercado. Mas se tudo isso não for possível, então separar material que pode ser reciclado é essencial. Vidro, alumínio, papel, além de plástico, podem ser reciclados. Os materiais devem ser limpos antes de separados. Várias prefeituras mantém um itinerário de coleta seletiva disponíveis nas suas páginas da internet. E se você tiver um quintal, ainda pode separar seu lixo orgânico e fazer uma compostagem para funcionar como adubo.

Protocolo de Kyoto e COP 15: representantes de quase 200 países estarão em Copenhague, na Dinamarca, entre os dias 7 e 18 de dezembro deste ano para 15ª Conferência das Partes (COP 15) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A primeira COP aconteceu em 1995, em Berlim, um ano depois da entrada em vigor das decisões de um encontro em 1992 no Rio de Janeiro, a Rio Eco 92, quando 154 nações assinaram um acordo para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Na primeira COP foi decidido que, até 1997, seria assinado um protocolo com metas de reduções de emissões. Justamente nesse ano, a reunião foi realizada em Kyoto, no Japão. Agora, a COP 15 vai decidir um novo acordo, mais rígido, para substituir o Protocolo de Kyoto.


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