O Instituto Mirante, criado pelo empresário Fernando Sarney recebeu R$ 250 mil da Eletrobrás entre 2006 e 2007. Informações da Polícia Federal indicam que o filho do presidente do Senado, José Sarney, beneficiava empresas privadas em contratos com o governo no setor elétrico, mas ele nega a acusação. A secretária do Conselho de Administração do Instituto Mirante Luzia Campos de Sousa é apontada pela Polícia Federal como agente financeira do empresário. Ela foi indiciada por gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

O tesoureiro do Instituto Mirante, João Odilon Soares Filho, também foi indiciado. Ele é sócio minoritário da São Luís Factoring, de propriedade da mulher de Fernando Sarney, Teresa Murad, que também foi indiciada por gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O Instituto foi criado em 2004 como entidade sem fins lucrativos e funciona no mesmo local do Sistema Mirante em São Luís, grupo de comunicação que tem o filho de Sarney como principal dirigente.

O Instituto recebeu R$ 150 mil da Eletrobrás em 2007 pela Lei Rouanet. Há ligação entre o Instituto Mirante e o desvio de dinheiro da Petrobras pela Fundação José Sarney. Entre 2005 e 2008, a empresa repassou R$ 1,34 milhão para a recuperação de um acervo de livros e de um museu pela fundação.


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Eletrobrás financiou ONG de filho de Sarney

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