Gary Dakin é o homem por trás das mais badalas modelos plus-size como Crystal Renn e Tara Lynn. Quem as vê nas capas e recheios de revistas como V Magazine e Elle, no entanto, não sabem o longo e complicado caminho percorrido por Gary e suas meninas para que pudessem ter a visibilidade que merecem.

Em entrevista para o The Times UK, Dakin falou sobre a indústria da moda, sobre sua luta ao lado das modelos plus-size e suas motivações para entrar nesse ramo quando ninguém acreditava nele. “Tem sido uma luta durante um longo tempo. As pessoas simplesmente desconsideravam [as modelos plus-size] até pouco tempo. Ninguém queria fotografá-las, ninguém queria dar uma chance. Esse anos estão sendo o resultado de mais ou menos dez anos de ‘não’ para nós”, desabafa. “Eu nem dizia para qual departamento eu trabalhava. Eu ligava para os clientes e dizia ‘estou te enviando uma modelo incrível!’ e quando elas voltavam, os clientes me ligavam dizendo ‘mas elas são gordas! por que não me avisou?'”.

Dakin, no entanto, nunca deixou de acreditar no potencial das garotas. Ele explicou para o The Times o que o motivou: “Eu sou gay. Sei que sou gay desde que tinha uns 8 anos. Eu sempre pensei nessa piada horrível: ‘Deus fez homens gays para que as gordinhas pudessem ter com quem dançar no baile da escola'”, Gary confessou, rindo e colocando as mãos na cabeça com uma certa vergonha. “É uma péssima consideração mas, como um homem gay, eu senti que compreendia o que essas garotas passavam”.


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Empresário de modelos plus-size fala sobre as dificuldades do mercado