O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ter ordenado o assassinato da missionária americana Dorothy Stang em 2005, em meio a um conflito de terras na Amazônia, se entregou hoje à Justiça. Ele se apresentou as autoridades em uma delegacia de Altamira, no Pará, e foi levado a uma prisão local, onde permanecerá até que ocorra um novo julgamento sobre sua responsabilidade no crime.

Moura foi responsabilizado em primeira instância pelo mando do assassinato da missionária americana, ocorrido em 2005, e condenado a 30 anos de prisão. O fazendeiro foi detido, mas seus advogados apelaram e em segunda instância o acusado foi absolvido, quando ganhou liberdade.

No entanto, o segundo processo foi considerado irregular pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na quinta-feira passada a corte determinou que o fazendeiro deverá permanecer em prisão até um novo julgamento. O assassinato de Dorothy Stang, uma reconhecida ativista que atuou no Brasil por duas décadas junto a movimentos de trabalhadores sem-terra, foi atribuído a Rayfran das Neves Sales, um matador que confessou ter sido contratado pelo fazendeiro para cometer o crime.

Sales admitiu que assassinou a missionária, que tinha 73 anos, com seis tiros pelas costas, e foi condenado a 27 anos de prisão. Além disso, Clodoaldo Carlos Batista, cúmplice do assassino, foi condenado a 17 anos de prisão. Já o fazendeiro Amair Feijoli da Cunha, que foi considerado intermediário entre o mandante e o pistoleiro, recebeu uma pena de 18 anos de prisão.


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Fazendeiro acusado de ordenar morte de Dorothy Stang se entrega à Polícia

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