Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) nesta terça-feira (15), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil sai da crise financeira muito mais forte do que a maioria dos países e ainda citou dados do crescimento do PIB do segundo trimestre deste ano quando o país ficou atrás apenas da Coréia do Sul e da China.

“Hoje um ano depois podemos dizer que o Brasil já está saindo da crise, e é um dos primeiros países a sair da crise. Saímos com a cabeça erguida, não destroçados. Mais fortes do que a maioria dos países”, afirmou o ministro.

Segundo Mantega, a crise não chegou a modificar a rotina das pessoas e revelou que mesmo com todas as medidas adotadas contra a crise, o Brasil poderá sair dela com o menor deficit do G-20. No entanto, os países desenvolvidos terão “uma grande dor de cabeça” para administrar déficits profundos e aumento da dívida pública. “Embora a crise esteja sendo superada com bastante eficiência ainda há muitos problemas para resolver”, disse Mantega.

Ao deixar a reunião, ele destacou que a proposta de taxação das cadernetas de poupança acima dos R$ 50 mil inclui uma alíquota única do Imposto de Renda, de 22,5%, que incidirá no saque dos recursos, sendo que “os pequenos poupadores não serão taxados”.

Até o momento, destacou o ministro, não houve grande migração dos fundos de renda fixa para a poupança, exatamente o temor do governo, e as mudanças, conforme informou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, valerá para todas as cadernetas, incluindo as já existentes, com as mudanças entrando em vigor no início do ano que vem.

Já o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou que as medidas podem não ser suficientes, pois o projeto “resolve com a realidade que está hoje. Talvez lá para frente tenhamos que discutir de novo”. Mais de 99% das cadernetas de poupança existentes no Brasil não serão taxadas, de acordo com dados do próprio governo.


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Governo quer taxar poupança acima de R$ 50 mil em 22,5%

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