No dia de hoje, 5 de abril de 2010, completam 16 anos da morte do maior ícone do grunge e símbolo universal da cultura rock dos anos 90, Kurt Cobain. O líder do Nirvana, ao lado de Chris Novoselic e Dave Ghrol, criou hinos do rock que continuam importantíssimos até hoje – e o legado de canções como Smells Like Teen Spirit e Heart-Shaped Box vão muito além do catálogo do Nirvana.

Para relembrar a importância do repertório deixado por Kurt Cobain, é importante resgatar não só o início do movimento grunge como sua importância hoje, com o retorno aos palcos de bandas como Hole e Alice in Chains.

Em 1983, as ruas de Seattle estavam lotadas de moleques cheios de energia e revolta prontos para explodir. A música pedia um gênero que reunisse toda a agressividade do punk e do hardcore – e o grunge chegou com força total para preencher esse vazio, sob o apoio do selo independente Sub Pop

Em 1985, Kurt Cobain (na foto acima com sua esposa, a então vocalista do Hole, Courtney Love) conheçeu o músico Chris Novoselic, e ambos descobriram o interesse mútuo pela agressividade do punk. Em 1987, surgiu o Nirvana, que atingiu o ápice do sucesso com o lançamento do lendário Nevermind, de 1991. O grupo acabou de forma trágica em 1994, quando Kurt Cobain se matou com um tiro na cabeça. Sem a presença de seu artista mais criativo, o grunge definhou. O Nirvana lançou mais dois álbuns, MTV Unplugged in New York e uma compilação de alguns shows da banda, From the Muddy Banks of the Wishkah. 

Bandas importantíssimas do movimento, como Mudhoney, Stone Temple Pilots e Melvins, continuaram na ativa, mas o momento do grunge já havia passado. O Alice in Chains acabou após a morte trágica do vocalista Layney Staley, de overdose de heroína, e o Pearl Jam entrou em conflito com sua gravadora, a Epic Records, enquanto também batia de frente com a Ticketmaster devido a taxas abusivas nos ingressos de shows.

A revolução que o grunge havia trazido, com sua pose anti-indústria e suas guitarras distorcidas, nunca morreu, mas o movimento se tornou história com a morte de Kurt Cobain. 

Curiosamente, a indústria musical está testemunhando um retorno do grunge, com diversas bandas da época retomando suas carreiras com força total. Após o anúncio, feito por Chris Cornell, de que o Soundgarden está de volta após um hiato de 13 anos, começou a avalanche. O Alice in Chains renasceu das cinzas com um novo vocalista, William DuVall, e lançou em setembro de 2009 um novo álbum de estúdio, Black Gives Way To Blue; o Pearl Jam retornou aos estúdios após um intervalo de três anos com The Backspacer, também lançado no ano passado; e Courtney Love, ex-esposa de Kurt Cobainresolveu ressucitar o Hole – sem nenhum dos demais integrantes originais – e lança ainda este ano o álbum Nobody’s Daugther.  


Na mesma leva, o Nirvana continua influenciando diversas bandas por meio de novos lançamentos de seu catálogo, como o DVD Nirvana: Live at Reading e o relançamento do primeiro álbum do grupo, Bleach, completamente remasterizado e com um extra do grupo se apresentando em 1990 no Pine Street Theatre de Portland. O grunge morreu nos anos 90, mas o legado do Nirvana e de Kurt Cobain continua com força total. 

Logo abaixo você pode assistir Kurt e seu Nirvana em ação em dois momentos: O primeiro, ao vivo no Reading Festival, em apresentação histórica na Inglaterra, logo após a primeira saída de Cobain da reabilitação, quando todos diziam que a banda estaria condenada.

 

A segunda é o show do trio na etapa carioca do festival Hollywood Rock, em 1993, quando o frontman perdeu a linha e começou a cuspir nas câmeras da Rede Globo e mostrar as “partes baixas”para a plateia.

 

Por fim, a banda gravando o seu icônico MTV Unplugged in New York, no qual Kurt escolheu a cenografia para que o palco lembrasse um velório, com direito a lírios brancos e tudo mais. Provavelmente, ele pensava em seu próprio funeral.

Unplugged In New York


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