Um relatório da
Polícia Civil aponta para a existência de um grupo de extermínio
na Polícia Militar de São Paulo. Ao menos 15 agentes e um
comerciante estariam envolvidos nas mortes de 12 pessoas no ano
passado. Os policiais e o comerciante estão presos.

Uma das 12 vítimas do
suposto grupo criminoso é o deficiente mental Antonio Carlos Silva
Alves, o Carlinhos, de 31 anos, que foi decapitado. Após sua morte,
a Polícia Civil verificou a provável existência do grupo, chamado
de “Os Highlanders”. Além de Carlinhos, outras quatro
vítimas foram encontradas decapitadas.

Os depoimentos de 11
testemunhas levaram a Polícia Civil a apontar os PMs como suspeitos
pelos crimes. Seis dos mortos foram vistos em carros da PM (do 37º
Batalhão e da Rota) antes da descoberta de seus corpos.

“Estamos diante de
uma organização criminosa formada por células, sendo certo que
alguns achacam, alguns arrebatam, alguns executam, outros acobertam”,
diz o relatório, assinado por Ivan Jerônimo da Silva, chefe da
equipe de investigadores que atuou no caso, e obtido pelo jornal
Folha de S. Paulo.

A Promotoria de
Itapecerica encaminhará o relatório para o Gaeco (Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público. O
próximo passo será investigar se os PMs suspeitos eram ligados a
oficiais da corporação.


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Inquérito aponta grupo de extermínio na PM de São Paulo