Aproximadamente 21.000 pessoas saíram hoje às ruas da ilha de Okinawa (sul) em protesto contra as bases americanas instaladas na localidade, dias antes do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciar uma visita a Tòquio.



Além de pedirem o fechamento imediato da base aérea de Futemmma, na cidade de Ginowan, que fica na maior ilha do arquipélago de Okinawa, os manifestantes exigiram que o recém-eleito primeiro-ministro, Yukiuo Hatoyama, rejeite a transferência das instalações à vizinha ilha de Nago.



A grande manifestação também pediu uma posição mais contundente do Governo japonês a respeito das bases do Exército americano nas duas ilhas. A cobrança foi motivada por declarações do ministro de Assuntos Exteriores, Katsuya Okada, que disse que a questão será abordada com calma e não será abordada a fundo durante a visita de Obama.



Segundo a agência local Kyodo, os manifestantes reivindicaram a saída os marines americanos posicionados em Okinawa e se opuseram à mudança da base aérea de Futemmma, acertada por ambos os países em 2006, quando também foi acordada a transferência de 8.000 soldados americanos para Guam, fora do território japonês.



Os participantes do protesto também acusaram o secretário de Defesa americano, Robert Gates, de intimidar o Governo japonês com o pedido para que o acordo sobre a mudança da base fosse fechado antes da chegada de Obama a Tòquio, prevista para sexta-feira.



Apesar de Okinawa representar apenas 0,6% do território japonês, abriga 75% de todas as instalações militares dos EUA no país. A presença militar americana na ilha, distribuída por 14 bases, que ocupam quase 20% da superfície d’Okinawa, é com frequência tema de protestos organizados pela população local.



Da manifestação de hoje, também participaram membros do governista Partido Democrático (PD), que se opõem aos acordos militares com os EUA e pedem a saída da base de Futemmma do território japonês.


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Japoneses pedem fechamento de bases dos EUA a dias da visita de Obama