O futebol com maior número de títulos mundiais e com os principais jogadores dos últimos anos parece viver um período de decadência na Europa. Sim, os brasileiros não tiveram bom desempenho nesta edição da Liga dos Campeões da Uefa e, pela primeira vez na década, nenhum atleta do Brasil se destacou nos times quadrifinalistas.


 


Pior: com a eliminação da Inter de Milão, Lyon, Juventus, Sporting, Panathinaikos, e a Roma de Julio Baptista, os brasileiros que ainda restam na competição são apenas “figurantes” nas agremiações que representam. É assim com Anderson no Manchester United de Cristiano Ronaldo, e Daniel Alves no Barcelona de Messi.


 


Uma das explicações para essa ausência de grandes nomes pode ser o fato de o Milan não estar disputando a competição nesta temporada devido ao fraco desempenho obtido na última, quando se classificou apenas para a Copa da Uefa. Mesmo assim, a equipe italiana de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Pato não obteve êxito no segundo torneio europeu e já está eliminada.


 


Na temporada 2000/2001, os brasileiros estavam bem representados nas quartas-de-final da Liga dos Campeões e até na decisão. Cláudio Taffarel, um dos maiores goleiros da história do país, conseguiu fazer com que o Galatassaray chegasse entre os oito melhores times da Europa. Sem contar Élber, campeão pelo Bayern na época, e Roberto Carlos, que já dominava a ala-esquerda do Real Madrid.


 


Na competição do ano seguinte, os brasileiros voltaram a dar as caras na competição e chegaram novamente ao título com destaque. Roberto Carlos e Rivaldo travaram uma grande disputa nas semifinais em que o clube merengue levou a vantagem caminhando para o título daquela temporada.



Na decisão de 2003, o goleiro Dida fez grandes defesas nos pênaltis na decisão do Milan contra a Juventus. Recheado de brasileiros, com Carlos Alberto, Derlei e, principalmente, Deco, o Porto também seria campeão em 2004. O Milan voltaria a figurar na decisão de 2005 contra o Liverpool, mas dessa vez Kaká, Dida e Cafú não puderam impedir o título do time inglês. Já em 2006, o Barcelona contou com o gol de Belletti na prorrogação para se sagrar campeão. Mas o grande nome daquela equipe era Ronaldinho Gaúcho, que vivia seu momento de glória.



Com Kaká e Cafu novamente, entre outros, o Milan voltava a figurar na decisão de 2007 e deu o troco no Liverpool, e nas quartas-de-final daquela temporada, Gomes se destacava no PSV, da Holanda.


 


Na última temporada, porém, a safra brasileira que atua na Europa já demonstrava que o fôlego podia estar acabando. Mas ainda resistiu com grandes nomes no Fenerbahçe, do técnico Zico, que tinha Alex como seu principal jogador, eliminado nas quartas-de-final. Ronaldinho Gaúcho foi até a semifinal com o Barcelona, mas a decisão não teve um grande brasileiro.


 


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A situação fica como um alerta para o futebol do país, que a cada dia mais tem exportado um número excessivo de atletas para a Europa muitos jovens, mas sem a devida formação. O Brasil já começa a perder espaço para jogadores de Portugal como Cristiano Ronaldo, Xavi, da Espanha, Messi, da Argentina, e Gerrard, da Inglaterra.


 


 


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