(EFE) O Conselho Central dos Judeus na Alemanha não aceitou o pedido de desculpas do bispo Richard Williamson (foto). Este disse em uma entrevista que não não há provas de que 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta sexta-feira (27/02), o Conselho também exigiu uma clara retratação do bispo sobre suas declarações.

“Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica”, disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal Handelsblatt.

Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. “Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida”, questionou.

O vice-presidente do Conselho aproveitou para criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre. “O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência”, disparou.

A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo.

Histórico

A polêmica sobre o bispo começou quando ele deu uma entrevista para à TV sueca, na qual afirmou que não há provas de que 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, ele também questionou o uso de câmaras de gás pelos nazistas para matar judeus presos em campos de concentração.

Após suas declarações, realizadas em janeiro, o governo da Argentina deu ordens para que Williamson deixasse o território. O bispo trabalhava em La Reja, província de Buenos Aires, desde 2003.

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Judeus rejeitam desculpas de bispo que negou Holocausto