Católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, representantes de religiões de matrizes africanas, advogados e professores, participaram nesta sexta-feira (03/04) de uma reunião para discutir o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. No encontro, realizado no Windsor Flórida Hotel, no Flamengo, zona sul do Rio, líderes religiosos sugeriram a criação de projetos de lei mais rígidos para inibir o preconceito contra qualquer tipo de religião.

Atualmente, quem comete ato considerado preconceituoso contra uma religião é enquadrado na Lei nº  77.16 de1989, que tipifica racismo e crime religioso. O plano também foi discutido por líderes religiosos em outros estados brasileiros.

Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, afirmou que o objetivo do encontro é promover a democracia e a liberdade.

“O Estado brasileiro é laico e isso é garantido pela Constituição Federal. Por isso, deve haver, por parte do Estado e da sociedade, o respeito a todas as religiões e não a predominância de uma sobre as outras. O Estado democrático tem que garantir esse equilíbrio na sociedade”, defendeu.

Santos criticou o uso político da religião por determinados grupos. O documento que resultou dos debates de hoje será encaminhado ao Congresso Nacional. A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa espera que o plano seja lançado ainda este ano pela Presidência da República.


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Líderes religiosos pedem leis mais duras contra o preconceito

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