Cerca de 2 mil pessoas se reuniram hoje (22) na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, para rejeitar a visita ao país do líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e pedir explicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por recebê-lo.

“Lula, explique a seu convidado o que são direitos humanos” e “negar o Holocausto é igual a negar a escravidão” foram algumas das frases exibidas nos cartazes dos manifestantes.

O protesto teve a participação das comunidades judaica e árabe, grupos afro-religiosos, coletivos homossexuais e vários civis insatisfeitos com o fato de que se ofereça uma recepção com todas as honras ao presidente do Irã, que chegará amanhã a Brasília.

Havia muitas bandeiras israelenses junto com a brasileira e a multicolorida do orgulho homossexual, além de camisas com lemas como “paz” e “que convidado é esse?”.

A manifestação durou cerca de duas horas e percorreu grande parte da pista vizinha à praia, lotada em domingo ensolarado no Rio de Janeiro.

Os manifestantes usaram apitos para protestar contra Ahmadinejad e a Lula, distribuíram panfletos, gritaram e também dançaram, ao ritmo percussão africana.

Também foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao povo iraniano, que, segundo os presentes, é o que mais sofre com as “políticas discriminatórias” do presidente do Irã, e os manifestantes cantaram o hino brasileiro.

No final da concentração, os presentes soltaram balões brancos com palavras como “direitos humanos”, “liberdade de imprensa” e “paz”, que antes estavam em uma gaiola, que representavam as “vítimas” do regime iraniano, nas palavras dos organizadores.

Além da marcha no Rio, também foram convocadas concentrações de repúdio em Brasília, em frente ao Itamaraty, e em algumas outras cidades do país.

Ahmadinejad chegará amanhã à capital brasileira acompanhado de uma delegação de 200 empresários e se reunirá com Lula para tentar conseguir apoio ao polêmico programa nuclear iraniano.


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Manifestantes rejeitam visita de Ahmadinejad e criticam Lula