O Ministério da Educação anunciou no início da noite desta segunda-feira (5), o rompimento do contrato com o Conassel, que não será parceiro do governo federal na realização do Enem. As provas devem ficar a cargo da Cesgranrio, que tem 11 anos de experiência na prova, e a a Universidade de Brasília, com três. As duas instituições já trabalharam juntas. Os Correios, a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança também serão utilizados para garantir a realização do exame.

Segundo o MEC, as possíveis datas para a realização da prova são o último fim de semana de novembro ou o primeiro de dezembro. O órgão também admite que, em último caso, pode fazer as provas em um dia de semana. Mas para isso, vai ter que decretar um feriado estudantil.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Reynaldo Fernandes, afirmou que o governo já havia pago 30% do valor total do contrato, o equivalente a R$ 38 milhões. E caso a a investigação policial comprove que o consórcio falhou, quem entrar com ação na Justiça poderá ser ressarcido.

De acordo com o MEC, cerca de 68 universidades firmaram convênio com o órgão para usar os pontos do ENEM no processo de seleção. Segundo o presidente da Andifes, Alan Barbiero, as universidades podem atrasar em 15 dias o início do ano letivo, mas a decisão será individual.

Já o presidente do Conselho Nacional das Instituições Federais, Paulo Cesar Pereira ressalta que o exame deve ser feito o mais rápido possível, pois o que está em jogo é um novo formato de vestibular no país.

Inquérito

A Polícia Federal indiciou mais três suspeitos de envolvimento no vazamento do prova por peculato, uso de função pública para obter vantagem pessoal. No total, cinco pessoas foram indiciadas.

No sábado, já haviam sido indiciados o publicitário e dono de uma pizzaria Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo Craid. O advogado Luiz Vicente Bezinelli, que defende Luciano Rodrigues, indiciado por intermediar a tentativa de venda, negou o envolvimento de seu cliente.

Nesta segunda-feira, a PF ouviu três depoimentos, entre eles o de Felipe Pradella, de 32 anos, funcionário da empresa ligada ao consórcio Connasel. A advogada de Felipe, Claudete Pinheiro, afirmou que seu cliente indiciado por furto queria apenas denunciar a fragilidade dos serviços da gráfica Plural.

O inquérito policial que investiga o vazamento das questões do ENEM deve ser concluído nesta quarta-feira, data em que o Ministério da Educação promete anunciar a data das novas provas.


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MEC rompe contrato com consórcio; Correios e PF auxiliarão na aplicação do Enem