A Mesa Diretora do Senado determinou nesta quinta-feira (13) a investigação de 468 atos secretos assinados na Casa, além dos 500 já constatados que estavam sendo apurados pelas secretarias Geral e de Recursos Humanos. A decisão foi tomada em reunião que terminou no final da manhã.

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Os 468 atos secretos foram assinados em 1998 e 1999 – quando o presidente da Casa era o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), que morreu há dois anos –, mas só foram publicados este ano.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), desconfia de sabotagem e determinou a abertura de varredura nas senhas de acesso ao sistema de publicação de atos administrativos. Sem dizer nomes, ele afirmou que pode ser uma manobra de ex-diretores da Casa, exonerados após da divulgação dos primeiros atos secretos, que querem reassumir os cargos.

“Foi uma ato de sabotagem, de molecagem, por parte de servidores fundamentalistas que acham que vão voltar. Esse atos foram inseridos dois dias após a comissão [de sindicância] ter concluído os seus trabalhos. Trabalhamos para descobrir e acho que vamos descobrir”, disse. “Não é aceitável que se esteja brincando com assunto dessa natureza”, completou o senador, em entrevista após a reunião da Mesa.

Segundo Heráclito, além da publicação, os próprios atos secretos serão analisados caso a caso. De acordo com ele, apenas três têm assinatura de ACM. “O resto é no âmbito administrativo.”


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Mesa Diretora do Senado determina investigação de novos atos secretos